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Barcelona: Polícia recua e diz que suspeito pode estar vivo

Mais de 100 pessoas ficaram feridas no atropelamento de Barcelona,

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A polícia catalã afirmou na noite desta sexta-feira (18) que o suspeito de estar dirigindo a van usada no atentado em Barcelona na quinta (17) pode estar vivo. Antes, a polícia afirmara que o autor do atentado estava entre os cinco mortos durante a tentativa de um segundo ataque, em Cambrils, a 117 km de Barcelona.

Dos terroristas mortos em Cambrils, a imprensa espanhola identifica ao menos três: Moussa Oukabir, 17, Said Aalla, 19, e Mohamed Hychami, 24. Eles eram marroquinos e moravam na Espanha.

A polícia investiga se Oukabir poderia ser o motorista da van usada no ataque em Barcelona. A tese chegou a ser confirmada nesta sexta, mas depois perdeu força.

"Ainda é uma possibilidade [que Oukabir dirigia a van durante o atentado], mas, ao contrário de quatro horas atrás, está perdendo peso", disse o chefe da polícia local, Josep Lluis Trapero.

Outra hipótese investigada é que o motorista fosse o marroquino Younes Abouyaaqoub, 22, ainda foragido, segundo o jornal espanhol "El Mundo".

O irmão mais velho de Oukabir, Driss Oukabir, 28, é um dos quatro suspeitos detidos. Os seus documentos foram encontrados na van e teriam sido utilizados para o aluguel. Três dos detidos são marroquinos e um é espanhol.

As autoridades espanholas trabalham com a hipótese de que o atentado que deixou 13 mortos e mais de cem feridos em Barcelona foi planejado por uma célula terrorista formada por 12 pessoas. Eles estariam ligados também à tentativa de ataque em Cambrils, que matou uma pessoa e deixou seis feridos.

Os suspeitos vestiam cinturões explosivos falsos, uma tática que visa distrair os agentes de segurança.

Os irmãos Oukabir viviam em Ripoll, na região catalã de Girona, no nordeste. Foram realizadas oito buscas na cidade, incluindo a residência de Driss Oukabir.

VÍTIMAS

Mais de 100 pessoas ficaram feridas no atropelamento de Barcelona, 15 delas em estado grave. Há entre os afetados pelo ataque cidadãos franceses, australianos, holandeses e gregos, entre outros. Não há notícias de brasileiros mortos ou feridos.

A primeira vítima identificada foi o italiano Bruno Gulotta, 35, pai de dois filhos -um dos quais levava pela mão no momento da ação, segundo o jornal britânico "Telegraph". Resgatada pela mulher de Gulotta, Martina, a criança sobreviveu.

Outra vítima é a belga Elke Vanbockrijck, segundo a agência de notícias Associated Press. Vanbockrijck, 44, estava de férias em Barcelona com o marido e os filhos.

Uma criança australiana de sete anos está desaparecida, informou seu avô, Tony Cadman, em uma mensagem divulgada por uma rede social. A mãe está gravemente ferida.

O rei Felipe e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, participaram nesta sexta-feira de uma cerimônia em Barcelona em homenagem às vítimas, com um minuto de silêncio na principal praça da cidade. Os aplausos se seguiram por minutos. A multidão gritava "No tinc por" -"Não tenho medo", em catalão.

TÁTICA

Os atropelamentos em Barcelona e Cambrils dão testemunho de que essa estratégia tem se tornado popular entre facções terroristas, como o Estado Islâmico, que reivindicou a ação de quinta-feira nas Ramblas. Não há, por enquanto, evidência de sua participação.

O Estado Islâmico sugeriu em uma edição de sua revista "Rumiyah" que seus militantes utilizassem veículos como arma contra os "infiéis". O material está disponível até hoje na internet.

Foi essa a tática empregada em dois dos mais graves atentados de 2016. Em julho, um caminhão deixou 86 mortos em Nice, na França. Em dezembro, foram 12 mortes em Berlim.

Em 2017, terroristas utilizaram automóveis em três atentados diferentes contra Londres, incluindo o atropelamento na ponte de Westminster em 23 de março, com dois mortos -somados a um policial esfaqueado na sequência diante do Parlamento britânico.



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