China anuncia o envio de tropas militares para a Rússia

Pequim afirma que militares participarão de exercício conjunto em território russo, ainda sem data definida

china | reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Em meio a fortes tensões com os Estados Unidos, a China anunciou nesta quarta-feira (17) que enviará tropas para a Rússia. Segundo Pequim, os militares participarão em um exercício conjunto no país.

O anúncio foi feito pelo Ministério da Defesa chinês. De acordo com a pasta, tropas da Índia, Belarus e Tajiquistão também participarão dos exercícios, que ocorrerão em território russo ainda sem data confirmada.

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin e da China, Xi Jinping - Foto: AP

A participação da China nos exercícios conjuntos "não tem relação com a atual situação internacional e regional", afirmou o ministério em comunicado.

Os exercícios fazem parte de um acordo de cooperação anual bilateral, acrescentou a pasta. Exercícios conjuntos semelhantes liderados pela Rússia envolvendo a China já foram realizados em outros anos.

"O objetivo é aprofundar a cooperação prática e amigável com os exércitos dos países participantes, aumentar o nível de colaboração estratégica entre as partes e fortalecer a capacidade de responder a várias ameaças à segurança", disse o comunicado.

China na guerra da Ucrânia

Desde o início da guerra na Ucrânia, a China tem mostrado apoio, ainda que contido, à Rússia, grande aliado do país asiático na atual geopolítica mundial. Em junho, o presidente chinês, Xi Jinping, falou ao telefone com o líder russo,

Tensões com os EUA

O anúncio acontece em meio a um dos momentos mais tensos entre os Estados Unidos e a China nos últimos anos.

As tensões começaram a se acirrar em junho, se acirraram no início deste mês, quando a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, fez uma visita à Taiwan, que o governo chinês reivindica como parte de seu território - já o governo local, historicamente de oposição ao Partido Comunista chinês, que governa o país, quer a independência.

Pequim, portanto, considerou a visita como uma provocação dos EUA, que mantêm uma política de ambiguidade em relação à ilha - Washington não reconhece Taiwan como independente mas, ao mesmo tempo, mantêm relações com o governo local.

Desde então, aviões e navios militares chineses têm feito exercícios militares constantes ao redor de Taiwan e com inúmeras invasões ao espaço aéreo da ilha.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES