Eclipse solar com “anel de fogo” escurece o Hemisfério Norte

Lua cobriu o sol até tapar cerca de 94% de sua superfície e desenhar anel

O fenômeno, quando a lua e o sol se alinham com a Terra, visto a partir da escola Hirai Daini em Tóquio | Issei Kato / Reuters
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O Sol e a Lua se alinharam no domingo sobre a Terra num raro evento astronômico, o eclipse anular, que obscureceu partes da Ásia e da América do Norte, criando por alguns instantes um anel de fogo no céu.

O fenômeno começou na segunda-feira ao amanhecer no sul da China (domingo às 19h06 no horário de Brasília) e seu campo de visibilidade se moveu rapidamente para o leste até a costa sul do Japão.O anel foi visível durante quatro minutos para quem estava bem no centro da faixa terrestre voltada para o fenômeno.

Por volta das 7h30 da segunda-feira, horário local (19h30 do domingo em Brasília) o fenômeno teve início no céu de Tóquio. A Lua cobriu o Sol e tapou 94% de sua superfície, desenhando um anel.

Mais de 80 milhões de japoneses, entre eles 35 milhões da região de Tóquio, admiraram este eclipse solar anular. Na capital japonesa, o evento só se repetirá com estas características dentro de três séculos e a última vez que um fenômeno deste tipo pôde ser visto foi há 173 anos, em setembro de 1839.

Algumas medidas como a mudança de horário de muitos colégios para permitir que as crianças o vejam acompanhadas foram tomadas. Também foram distribuídos folhetos com recomendações que lembram que não se deve olhar diretamente para o sol sem a proteção adequada e descrevem como observar de forma segura o eclipse.

Num campo de Utah, nos Estados Unidos, milhares de pessoas reunidas para apreciar o fenômeno aplaudiram, gritaram e até uivaram durante o auge do eclipse.

"A maravilha disso, a pura coincidência de isso poder acontecer, isso me deslumbra totalmente", disse Brent Sorensen, professor de Física da Universidade do sul de Utah, que levou seis telescópios para oferecer aos curiosos na localidade rural de Kanarraville.

Esse foi o primeiro eclipse anular que pôde ser visto nos EUA desde 1994, e o próximo será em 2023. Ele ocorre quando a Lua está no seu ponto mais distante da Terra e, ao passar diante do sol, cobre mais de 90 por cento dos seus raios, deixando apenas uma borda exposta.

O eclipse anular deve ser visível em uma faixa de 240 a 300 km de largura em toda a Ásia Oriental, no norte do Oceano Pacífico e a oeste dos Estados Unidos, segundo a agência espacial americana.

Outros encontros astronômicos estão previstos para início de junho (eclipse lunar e o trânsito de Vênus), os quais os japoneses também poderão desfrutar a priori.



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