Embaixadora dos EUA não descarta nova intervenção militar na Síria

A Casa Branca disse que o ataque envia um sinal forte ao mundo,

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A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, disse que o país está pronto para novas intervenções militares na Síria, caso seja necessário. A declaração vem depois que o presidente americano, Donald Trump, ordenou o lançamento de 59 mísseis contra uma base militar síria, em resposta a um ataque químico contra uma cidade rebelde no início da semana.

A diplomata, no entanto, disse que esperava que esta medida não fosse necessária.— Os EUA tomaram um passo muito medido na noite passada — declarou. — Nós estamos preparados para fazer mais, mas esperamos que não seja necessário. Os EUA não vão ficar parados quando armas químicas estão sendo usadas. É um vital interesse de segurança para nós prevenir a disseminação do uso de armas químicas.

O bombardeio dos Estados Unidos à base militar síria de al-Shayrate foi ordenado por Trump, em retaliação a um ataque químico contra a cidade de Khan Sheikhun, que matou pelo menos 86 pessoas e é atribuído ao governo sírio pelos EUA. O incidente desencadeou uma onda de reações da comunidade internacional. A ação foi apoiada por países ocidentais e condenada por aliados do ditador sírio, Bashar al-Assad, como Rússia e Irã.

A Casa Branca disse que o ataque envia um sinal forte ao mundo, mas se recusou a dizer se Trump aprovaria ataques ou ações adicionais contra o governo sírio:

"Acredito que as ações do presidente foram muito decisivas ontem à noite e foram claras sobre o que ele acha que precisa ser feito", disse o porta-voz do governo americano, Sean Spicer, a repórteres. "Em primeiro lugar, o presidente acredita que o governo sírio, o regime de Assad, deveria, no mínimo, concordar em cumprir os acordos que eles fizeram de não usar armas químicas. Acho que isso deveria ser um padrão mínimo em todo o mundo".

Em uma reunião de emergência no Conselho de Segurança, a Rússia acusou os Estados Unidos de terem violado a lei internacional.

— Os Estados Unidos atacaram o território soberano da Síria. Classificamos este ataque como uma violação flagrante da lei internacional e um ato de agressão — denunciou nesta sexta-feira o representante de Moscou na ONU, Vladimir Safronkov.

A Presidência síria, por sua vez, classificou os bombardeios americanos de ato “irresponsável” e “tolo”.

“O que os Estados Unidos fizeram não passa de um comportamento tolo e irresponsável, o que apenas revela sua visão míope a curto prazo e sua cegueira política e militar a respeito da realidade”, disse em um comunicado.

ATAQUE MATOU NOVE CIVIS

A base de al-Shayrat, na província central de Homs, foi atacada às 00h40(21h40 de Brasília, na quinta-feira) desta sexta-feira por 59 mísseis Tomahawk lançados dos navios americanos USS Porter e USS Ross, localizados no Mediterrâneo oriental. De acordo com o Pentágono, os serviços de Inteligencia americanos determinaram que os aviões que lançaram o ataque químico contra Khan Sheikhun haviam saído dessa base. O local era conhecido como o lugar de armazenamento de armas químicas antes de 2013 e do desmantelamento do arsenal químico sírio, segundo o capitão Jeff Davis, porta-voz do Pentágono.

A agência oficial síria Sana informou que o ataque provocou a morte de nove civis, entre eles quatro crianças. Deixou ainda sete feridos e causou danos em casas das aldeias de al-Shayrat, al-Hamrat e al-Manzul, próximas à base.

Em um discurso na televisão em sua residência na Flórida, Trump explicou que os ataques estavam associados ao programa de armas químicas de Damasco e diretamente relacionados aos acontecimentos horríveis de terça-feira. Com uma expressão séria, o presidente convocou as “nações civilizadas” a deterem o banho de sangue na Síria.

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