Polícia investiga atirador que atacou no aeroporto de Los Angeles

Tiroteio deixou 1 morto e 7 feridos no terminal 3 nesta sexta-feira (1).

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A polícia tenta neste sábado (2) descobrir as motivações do suspeito do tiroteio no Aeroporto Internacional de Los Angeles, que matou um agente da segurança e feriu pelo menos 7 pessoas na sexta-feira, causando pânico entre os centenas de passageiros no terminal 3.

Os passageiros correram para fora do aeroporto quando o atirador, identificado como Paul Anthony Ciancia, de 23 anos, abriu fogo com um fuzil de assalto, atirando enquanto caminhava contra o posto de controle da Administração para a Segurança dos Transportes (TSA).

As emissoras de televisão exibiram imagens de pânico e caos durante e após o tiroteio, com passageiros se jogando no chão ou tentando se proteger dos tiros atrás de suas bagagens.

O homem conseguiu ultrapassar a zona de controle de segurança antes de ser alvejado e pego pela polícia.

Ele foi detido após ter sido ferido em uma troca de tiros com policiais, e levado em seguida para o hospital em estado grave.

O agente da segurança morto tinha 39 anos e foi identificado pela imprensa americana como Gerardo Hernandez. Ele pertencia à TSA.

É o primeiro membro da TSA assassinado em serviço desde a criação do órgão, após os atentados terroristas de 11 de Setembro, quando os americanos tornaram mais rigorosa a segurança em seus aeroportos e outros terminais de transporte.

"Vários membros da TSA foram feridos, incluindo um gravemente", indicou a TSA, que emprega agentes para o controle de bagagens e passageiros e verifica a identidade das pessoas antes de sua entrada nos terminais.

Sete pessoas ficaram feridas e seis delas foram levadas ao hospital, segundo o comandante do corpo de bombeiros de Los Angeles (oeste dos EUA), James Featerstone.

De acordo com o prefeito de Los Angeles Eric Garcetti, o atirador havia preparado um verdadeiro massacre. "Ele tinha mais de 100 cartuchos, que poderiam ter matado, literalmente, todas as pessoas que se encontravam no terminal", declarou.

As motivações que levaram ao ataque continuam desconhecidas, mas o atirador expressou um grande rancor em relação àa TSA, segundo a imprensa. A polícia encontrou junto a ele uma mensagem na qual exprimia "sua decepção com o governo federal".

Em um comunicado, o FBI indicou que ainda era muito cedo para "comentar as motivações (do atacante) e que os investigadores não descartavam nem enfatizavam a pista terrorista".

Segundo o canal NBC, o atirador teria ligações com a TSA e tinha como alvo seus agentes.

De acordo com o "Los Angeles Times", ele apontava sua arma para os passageiros e lhes perguntava se "eles eram da TSA". Se a resposta fosse não, ele seguia em frente, relatou uma testemunha.

Amigos e familiares do atirador informaram que o jovem tinha tendências suicidas. Antes do tiroteio, o atirador teria enviado um SMS para seu irmão mais novo, advertindo que poderia causar danos a si mesmo, segundo o "Washington Post".

Ele era morador de Pennsville, em Nova Jersey, mas costumava passar temporadas na região de Los Angelesx.

Há relatos de que ele tenha sido vítima de bullying na escola.

"Acreditamos até agora que se tratava de um atacante solitário", disse o chefe da polícia local, Patrick Gannon, que acrescentou que "era a única pessoa que estava armada no incidente".

O tiroteio afetou o tráfego aéreo no aeroporto de Los Angeles, o terceiro maior do país em termos de passageiros. Cerca de 750 voos sofreram perturbações, 50 entre eles precisaram ser desviados para outros aeroportos.

O último ataque a tiros ocorrido no aeroporto de Los Angeles remonta a 2002, quando um atacante de origem egípcio abriu fogo no mostrador da empresa israelense El Al, deixando dois mortos e vários feridos. O atacante foi abatido por um agente de segurança da companhia.

Obama preocupado

O presidente americano Barack Obama disse na sexta-feira que estava "preocupado" com o tiroteio em Los Angeles, mas não quis entrar em detalhes. As declarações foram feitas durante entrevista conjunta com o premiê do Iraque, Nuri al-Maliki.

O tiroteio desta sexta deve impulsionar o debate sobre a segurança nos aeroportos americanos, considerados um alvo em potencial para grupos terroristas.



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