Príncipe Harry diz que usou cocaína e matou 25 pessoas no Afeganistão

Harry não se poupou nas revelações expressas num livro pelo qual se diz ter cobrado cerca de 20 milhões de libras

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Parece ser uma corrida contra a história e contra a monarquia britânica. O filho mais novo da Princesa Diana e do agora Rei Charles III, do Reino Unido, lança oficialmente o livro de memórias "O Que Sobra" (título no Brasil), mas as primeiras polémicas começaram a ser reveladas na imprensa inglesa depois de em Espanha o livro já ter sido disponibilizado nas lojas com o título "En La Sombra". Com informações da BBC.

Um pouco à imagem da famosa entrevista concedida à BBC pela mãe, a Princesa de Gales, Harry não se poupou nas revelações expressas num livro pelo qual se diz ter cobrado cerca de 20 milhões de libras (17 milhões de euros) como avanço por estas memórias, num negócio que o Page Six diz incluir quatro livros.

Príncipe Harry revela que matou 25 pessoas durante missões no Afeganistão (Foto: BBC)

À cabeça destacamos as duas comissões militares realizadas no Afeganistão pelas forças armadas britânicas, onde ficou conhecido como "Capitão Gales" e nas quais diz ter morto 25 talibãs.

Harry esteve uma década nas forças armadas. Foi mobilizado para o Afeganistão durante 10 semanas, entre 2007 e 2008, e voltaria mais tarde aquele país como piloto de helicópteros de setembro de 2012 a janeiro de 2013.

De acordo com o jornal The Telegraph, nesses cerca de seis meses, o quinto na linha de sucessão da coroa britânica recorda ter matado 25 "inimigos". Harry deixou as forças armadas em 2015.

"Naturalmente, eu preferira não ter esse número (25) no meu currículo militar nem na minha cabeça, mas eu também teria preferido viver num mundo sem os talibãs, num mundo sem guerra", afîrma Harry no livro.

A cadeia de televisão Sky News também teve acesso ao conteúdo de "Na Sombra" e destacou, entre várias coisas, a revelação de Harry de ter experimentado o consumo de cocaína quando tinha 17 anos.

"Naquela altura estava disposto a experimentar quase tudo para alterar a ordem pré-estabelecida. Claro que usei cocaína naquela altura. Na casa de alguém, num fim de semana de caça, propuseram-me uma linha e depois ainda voltei a consumir mais alguma. Não foi nada agradável nem me deixou particularmente alegre", lê-se numa passagem retirada das paginas 112 e 113 do livro, citada pelo portal da televisão britânica.

Ao lado das revelações mais pessoais, incluindo a "humilhante" perda da virgindade "com uma mulher mais velha que gostava muito de cavalos" e o tratava "como um jovem garanhão", surgem também as referências à família real britânica, que prometem abalar ainda mais a coroa, agora na cabeça do pai, Carlos III.

O casamento de Harry e Meghan, em 2018, marcou o início do atrito entre Harry e a monarquia, em particular com William, agora o primeiro na linha de sucessão, e que a certa altura terá perdido a cabeça e agredido o irmão mais novo por causa de Meghan, a americana de tez morena que subiu da plebe à nobreza.

Harry e William voltaram a estar juntos em setembro, no funeral da avó, a Rainha Isabel II. O ambiente pareceu pacífico, mas Harry recorda que no velório Meghan foi proibida pelo pai de entrar no castelo de Balmoral, na Escócia.

Talvez por isso, o pai, agora Rei, também não é poupado. Harry conta ter tentado com o irmão William dissuadir o pai de se casar com Camilla Parker, a amante que se intrometeu entre Carlos e Diana, provocou o divórcio aceite a custo pela Rainha e que quase custou a sucessão ao agora Rei não fosse a morte de Diana em 1998.

Um herdeiro não podia ascender ao trono a menos que a mulher com quem se casou tivesse morrido. O acidente fatal da Princesa de Gales, em Paris, também é referido em "Na Sombra". Harry conta ter sido dissuadido de pedir uma investigação aos contornos do acidente.

"Em especial, a conclusão sumária de que o motorista da nossa mãe estava bêbado e, em resultado, essa teria sido a única causa do acidente. Foi simplista e absurda. Mesmo se o homem tivesse bebido, mesmo se estivesse alcoolizado, ele não teria tido nenhum problema em conduzir por um túnel tão curto a não ser que os paparazzi os estivessem a perseguir e o atrapalhassem", defende Harry, levantando uma série de questões.

Harry e Meghan abdicaram dos privilégios de membros oficiais da família real britânica e, apesar de se terem afastado, mudando inclusive de continente, cruzando o Atlântico, parecem determinados em não sair de cena tão cedo.

O casal tem-se desmultiplicado em entrevistas, já protagonizou um documentário de seis episódios na Netflix e agora chega a primeira biografia de Harry, lançada em 16 idiomas, incluindo português.



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