Rússia anuncia retirada parcial de tropas da fronteira com Ucrânia

Alguns treinamentos continuam, como um grande exercício conjunto entre Rússia e Belarus, que deve terminar em 20 de fevereiro

Russia x Ucrania | reprodução
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A Rússia anunciou nesta terça-feira (15) que está retirando algumas de suas tropas da fronteira com a Ucrânia depois que uma escalada no envio de soldados provocou temores de uma invasão.

O Ministério da Defesa russo disse que os exercícios em larga escala continuam, mas que algumas unidades estavam retornando às suas bases. O governo não informou quantos soldados estão saindo da fronteira e ainda não está claro se isso diminuirá as tensões.

Tropas russas (Foto: reprodução)

Mais de 100 mil soldados russos se concentram na fronteira da Ucrânia. A Rússia nega estar planejando um ataque. Uma declaração do Ministério da Defesa da Rússia noticiada pela imprensa local diz que o governo está retirando algumas das tropas que realizam exercícios em distritos militares na fronteira com a Ucrânia.

"Vários exercícios de treinamento de combate [...] foram conduzidos conforme planejado", disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov. Alguns treinamentos continuam, como um grande exercício conjunto entre Rússia e Belarus, que deve terminar em 20 de fevereiro.

Ainda não se sabe se a ação russa será suficiente para acalmar os temores de uma invasão. Os EUA alertaram que uma invasão russa poderia acontecer a qualquer momento.

A Rússia vem buscando garantias de que a Ucrânia não será autorizada a ingressar na aliança militar ocidental Otan. Mas EUA e seus aliados não deram essa garantia. Após o anúncio russo, uma fonte do governo britânico disse que Londres estava esperando para ver o tamanho da retirada para saber se ela é significativa.

"15 de fevereiro de 2022 entrará para a história como o dia em que a propaganda de guerra ocidental falhou. Eles foram desonrados e destruídos sem que um único tiro fosse disparado", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Enquanto isso, os esforços diplomáticos para evitar um conflito continuam nesta terça-feira, com uma visita do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Scholz provavelmente repetirá o aviso de que a Rússia enfrentará sanções duras se invadir a Ucrânia. O líder alemão enfrentou críticas por sua resposta às tensões. Ele não deve impedir a ativação do gasoduto Nord Stream 2, que levará gás russo para a Europa Ocidental, contrariando o que disse o presidente dos EUA, Joe Biden, que afirmou que o gasoduto será interrompido se a Rússia invadir.

Depois de ser criticado por uma resposta lenta à crise, Scholz se encontrou com o presidente ucraniano em Kiev na segunda-feira, dizendo que "não havia justificativa razoável" para a escalada militar russa. Na segunda-feira, os líderes dos EUA e do Reino Unido disseram que nem toda a esperança de uma solução diplomática para a crise na Ucrânia está perdida, mas alertaram que a situação continua frágil.

Em um telefonema de 40 minutos, Joe Biden e Boris Johnson concordaram que um acordo ainda é possível, apesar de alertas diversos sobre uma ação militar russa iminente. Diversas nações instaram seus cidadãos a deixar a Ucrânia, e os EUA disseram que os bombardeios aéreos podem começar "a qualquer momento".

Mas no telefonema, Biden e Johnson disseram que ainda existe uma "janela crucial" para a diplomacia e para a Rússia recuar de suas ameaças à Ucrânia, de acordo com um comunicado emitido por Downing Street.

"Os líderes enfatizaram que qualquer nova incursão na Ucrânia resultaria em uma crise prolongada para a Rússia, com danos de longo alcance tanto para a Rússia quanto para o mundo", afirmou o comunicado.

Johnson teria dito que o Reino Unido estava preparado para fazer tudo o que pudesse para ajudar, ao que Biden respondeu: "Não vamos a lugar nenhum sem você, amigo". Johnson deve realizar uma reunião especial nesta terça-feira para discutir a resposta do Reino Unido à crise.



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