Ator usou heroína em excesso nas 6 semanas antes de morrer; veja

Segundo o TMZ, ator desabafava que não conseguia parar de injetar.

Ator usou heroína em excesso nas 6 semanas antes de morrer | Kevork Djansezian/AP
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Seis semanas antes de ser encontrado morto no banheiro de seu apartamento em Nova York, no domingo (2), de uma possível overdose, o ator Philip Seymour Hoffman teria desabafado a amigos próximos que seu uso compulsivo de heroína acabaria levando a sua morte, afirma o site TMZ nesta terça-feira (4).

Fontes disseram ao TMZ que, em dezembro do ano passado, o ator afirmou que tinha começado a injetar-se com heroína e que não conseguia largar o vício. Seymour Hoffman, então, se internou em uma clínica de reabilitação em uma tentativa desesperada para ?limpar-se? da droga, no entanto, logo desistiu.

Segundo o site, durante suas seis últimas semanas de vida ele frequentemente era visto ?despenteado e sujo?. "Se eu não parar, eu sei que eu vou morrer", ele teria dito a uma fonte do TMZ, que também afirma que o ator estava bebendo excessivamente.

O ator também apresentou "comportamento suspeito" num bar em Atlanta, nos EUA, três dias antes de morrer. Segundo o site de celebridades, testemunhas disseram que Seymour Hoffman, que tinha 46 anos, parecia estar bêbado e ia frequentemente ao banheiro do estabelecimento, atitude que costuma ser associada ao uso de drogas. Uma testemunha teria afirmado ao TMZ que o ganhador do Oscar de melhor ator por "Capote" (2005) estava acompanhado de uma mulher.

Em 2006, Seymour Hoffman revelou que já tinha se internado em uma clínica de reabilitação na época em que tinha 22 anos. O artista falou sobre seu vício em álcool e drogas ao programa norte-americano "60 minutes", da CBS, mesmo ano em que levou a estatueta da Academia. "Fiquei em pânico pela minha vida", declarou.

"Possível overdose"

Neste domingo, uma fonte policial disse à agência France Presse que Philip Seymour Hoffman sofreu uma "possível overdose". A polícia recebeu um telefonema do roteirista David Katz por volta das 11h15 locais (14h15 de Brasília). Segundo o "Wall Street Journal", o ator tinha uma agulha de seringa no braço e envelopes com heroína ao seu redor. O corpo foi retirado do apartamento e a necrópsia deve acontecer nesta segunda-feira.

Hoffman era casado com a estilista Mimi O"Donnell e deixa três filhos: Cooper, de dez anos; Tallulah, de seis; e Willa, de quatro. Ele lutava contra o vício em drogas e ficou internado em uma clínica de reabilitação no ano passado por dependência de heroína, após uma recaída. "Estamos devastados com a perda do nosso querido Phil e apreciamos as demonstrações de amor e apoio", disse a família do ator, por meio de um comunicado divulgado pela imprensa americana.

Segundo o site da emissora Fox News, uma fonte da polícia disse que existe a possibilidade de Hoffman ter recebido um tipo mais potente de heroína, que contém o analgésico fentanil, opiáceo utilizado para aliviar a dor de pacientes com câncer. A combinação, ainda segundo a Fox News, foi responsável pela morte de vários usuários nas últimas duas semanas.

De "Boogie Nights" a "Jogos Vorazes"

Hoffman se graduou em Artes Cênicas, em 1989, na Tisch School of the Arts, em Nova York. Dois anos depois, foi escalado para o filme independente de baixo orçamento "Triple Bogey on a Par Five Hole". Em 1992, com nome de Philip S. Hoffman, atuou em "Perfurme de Mulher", com Al Pacino.

O primeiro papel de destaque foi em "Boogie Nights", de 1997. Ele intrerpretou um gay que tentava conquistar o protagonista do filme. Dirigido por Paul Thomas Anderson, o longa conta os bastidores do cinema pornô californiano dos anos 70 e início dos 80.

No ano seguinte, chamou atenção ao atuar em "O grande Lebowski", dos irmãos Coen. Entre os projetos recentes está a saga "Jogos Vorazes". Ele era Plutarco Heavensbee no filme de 2013, "Em chamas". Estava confirmado para as duas outras partes da franquia. Segundo o blog The Wrap, especializado nos bastidores de Hollywood, faltava ainda uma semana de filmagens para o ator.

Hoffman já foi quatro vezes indicados ao Oscar. Além de levar o prêmio por "Capote" (2005), foi lembrado pela Academia por suas atuações como coadjuvante em "O mestre" (2012), "Dúvida" (2008) e "Jogos de poder" (2007). Outro personagem importante da carreira foi Jon Savage, em "A Família Savage" (2007), que o fez ser indicado ao Globo de Ouro.

Ele também recebeu elogios ao interpretar o jornalista Lester Bangs em "Quase Famosos" (2000) e o vilão Owen Davian de "Missão Impossível 3" (2006).

A filmografia de Philip Seymour Hoffman tem ainda "Tudo pelo Poder" (2011), "Sinédoque, Nova York" (2008), "Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto" (2007), "Magnólia" (1999), "O talentoso Mr. Ripley" (1999), "Dragão Vermelho" (2002), "Cold Mountain" (2003), "Patch Adams" (2008), "O homem que mudou o jogo" (2011), entre outros.

Hoffman produziu filmes, com destaque para "Capote" e "God"s Pocket", inédito no Brasil. Ele dirigiu e protagonizou "Vejo Você no Próximo Verão", de 2010. No teatro, foi indicado três vezes ao Tony Awards. Um dos destaques é a peça "True West", encenada na Broadway.



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