Sob ameaça de invasão russa, Ucrânia convoca todos militares

Senado russo deu aval a possível intervenção militar na Crimeia.

Sob ameaça de invasão russa, Ucrânia convoca militares | Reuters
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A Ucrânia está convocando todos seus reservistas militares e vai garantir que as forças armadas estejam prontas para o combate "o mais rápido possível", disse neste domingo (2) a principal autoridade de segurança do país, um dia após o Senado russo dar aval a uma possível intervenção militar na região ucraniana da Crimeia.

Andriy Paruby, secretário do Conselho de Segurança, que agrupa as principais chefias de segurança e defesa da Ucrânia, disse que há uma ordem do Ministério de Relações Exteriores para buscar ajuda de EUA e Reino Unido para "garantir a segurança" do país em crise.

Paruby afirmou que as forças armadas vão proteger instalações de segurança e de fornecimento de energia.

Declaração de guerra

O presidente ucraniano interino Oleksander Turchinov pediu "ações reais" dos líderes mundiais para ajudar seu país, que descreveu como "à beira do desastre", e disse que as ações de Putin equivalem a uma "declaração de guerra".

"Qualquer tentativa de atacar instalações militares é de fato uma agressão militar direta contra nosso país, e os militares russos e a liderança russa vão ser considerados responsáveis", disse.

Instalações nucleares

Ao mesmo tempo, o Parlamento da Ucrânia pediu a presença de monitores internacionais no país e também ajuda para garantir a segurança de suas instalações nucleares.

O parlamentar Hryhoriy Nemyria disse que o apelo dos legisladores se dirige aos signatários de um tratado nuclear de 1994 que garante a segurança nuclear ucraniana -e que inclui EUA, Reino Unido e Rússia.

Crise política e econômica

A Ucrânia enfrenta uma grave crise política e econômica. A tensão separatista na região pró-russa da Crimeia aumentou após a destituição, no fim de semana passado, do presidente Viktor Yanukovich, alinhado com a Rússia, e acusado pelo Parlamento de "assassinatos em massa de civis" na repressão a protestos de rua pró-União Europeia que deixaram dezenas de mortos em Kiev.

Fronteiras

O serviço russo de guarda de fronteira disse que cerca de 675 mil ucranianos entraram na Rússia entre janeiro e fevereiro e que há sinais de uma "catástrofe humanitária" na região, segundo a agência estatal russa Itar-Tass.

"Se o "caos revolucionário" continuar na Ucrânia, centenas de milhares de refugiados vão entrar nas regiões russas fronteiriças", disse o serviço, segundo a Tass.



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