Trump diz que irá travar batalha judicial sobre apuração dos votos

Republicano negou que irá declarar vitória se as primeiras parciais forem favoráveis à sua campanha, mas deixou aberta possibilidade de litígio

Donald Trump | Reprodução
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Atrás nas principais pesquisas de intenção de voto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou que pretenda declarar vitória se os primeiros resultados parciais o mostrarem na frente em alguns estados disputados, mas indicou que pode dar início a batalhas judiciais em torno da apuração assim que a votação for encerrada.

 “É terrível que não possamos saber os resultados na noite da eleição”, disse o presidente, criticando decisões da Suprema Corte que permitem a contagem de votos recebidos pelo correio em alguns Estados depois de 3 de novembro. “Assim que a eleição acabar, na mesma noite, vamos entrar com nosso advogados.” Mais cedo no domingo, o portal político americano Axios havia noticiado que Trump pretendia se declarar vencedor se os primeiros resultados da noite o mostrassem na frente.

Donal Trump durante ato de campanha na Flórida (Foto: AFP)

Para que isso aconteça, seus aliados acreditam que ele precisa vencer ou liderar a apuração em Ohio, Flórida, Carolina do Norte, Texas, Iowa, Arizona e Geórgia — estados onde a disputa está apertada. Como houve muitos votos pelo correio, o resultado oficial pode demorar.

Para além das ameaças judiciais, Trump fez uma peregrinação neste domingo pelos Estados Unidos, mirando estados onde disputa voto a voto com Biden.

Em dois dias de campanha, na véspera da eleição americana, Trump já passou por Michigan, Iowa e Carolina do Norte, e tinha mais duas paradas, nos estados-pêndulo da Geórgia e da Flórida. Joe biden, que lidera a média das pesquisas nacionais, concentrou seus esforços na Pensilvânia, outro local chave para a votação.

O presidente fez sua primeira parada, ainda pela manhã, em Michigan, onde se gabou de "ter salvado a indústria automobilística", apesar de dados o contradizerem.

Apesar de ter levado uma nova fábrica para o estado, com inauguração prevista para 2021, o número de empregos na indústria automobilística caiu durante o seu mandato. Sem respeitar as regras de distanciamento social, fez poucas menções ao coronavírus, que cresce no estado e no país. Segundo estimativas de economistas de Stanford divulgadas na quinta-feira, 18 dos comícios de Trump podem ter resultado em mais de 30.000 casos de covid-19 e mais de 700 mortes, ainda que não necessariamente entre os participantes.

Em Iowa, durante a tarde, Trump novamente fez pouco caso da pandemia de covid-19, afirmando que "haverá distribuição em massa da vacina em algumas poucas semanas", algo que não há indícios de ser verdade. Ele atacou ainda a política energética proposta por Biden, afirmando que seria a "sentença de morte para o etanol" e que levará a "economia ao colapso, destruirá suas fazendas e que fará o país socialista". O estado-pêndulo é o maior produtor de milho dos EUA e pólo da indústria de etanol americana.

Em seguida, na Carolina do Norte, afirmou ser "muito perigoso" e "ridículo" que a Suprema Corte tenha permitido que alguns estados contem cédulas eleitoras recebidas pelo correio após terça-feira. Devido ao alto número de votos pelo correio, é possível que o vencedor não seja anunciado na noite de terça, mas não há quaisquer indícios de fraude. No sábado, 12 pessoas foram presas no estado durante um evento para incentivar o voto, que terminou em confrontos com a polícia.



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