Turca confessa que matou por honra homem acusado de estuprá-la por 2 meses seguidos

Ela decapitou o homem e colocou sua cabeça no meio de praça

Nurettin Gide, 35, foi morto por Nevin Yildirim, 26, que o acusa de tê-la estuprado por meses | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Uma mulher turca confessou ter matado um homem que acusa de tê-la estuprado e chantageado por meses e a engravidado, relata a "CNN". Ela decapitou o homem e colocou sua cabeça no meio de praça, alegando que fez isso para "salvar a honra" dela. Ela está presa e será julgada.

Nevin Yildirim, 26, diz que Nurettin Gide, 35, começou os ataques em janeiro, dias após seu marido deixar o vilarejo, no sul da Turquia, para um trabalho temporário. Ela relata que Nurettin ameaçou ela com uma arma e disse que mataria os dois filhos dela, de 2 e 6 anos, caso fizesse barulho, e que ele a engravidou.

Ela alega que ele tirou fotos dela nua enquanto dormia para chantageá-la, ameaçando mostrar as imagens aos seus familiares.

Nevim diz que os abusos continuaram até 28 de agosto, quando ela estava grávida de cinco meses. No dia, ela que ouviu o homem escalando a parede de trás da casa e, prevendo outro estupro, atirou nele com um rifle do sogro. Ele tentou atirar nela com uma arma, mas ela atirou de novo e começou a persegui-lo.

Após um total de dez tiros, ela conta que "sabia que ele estava morto" e cortou sua cabeça. Testemunhas então viram a mulher jogando a cabeça no meio da praça do vilarejo. Ela disse "Não fale pelas minhas costas, não brinque com minha honra. Aí está a cabeça do homem que brincou com minha honra."

Uma emissora local chegou à cena antes da polícia, que prendeu a mulher. Ela contou que não denunciou o homem à polícia antes porque ela ficaria marcada como uma mulher desprezada e que, ao limpar sua honra, seus filhos não sofreriam com insultos.

Nevim procurou uma clínica de aborto quando estava grávida de 14 semanas, mas o limite legal no país é até o período de 10 semanas, relata a emissora. A procuradoria vai fazer testes médicos e psicológicos para decidir se permitirá o aborto dela.

O pai de Nevim confirmou que ela não contou sobre os episódios a ninguém da familia.

De acordo com a emissora, que cita dados da ONG Human Right Watch, 42% das mulheres com mais de 15 anos na Turquia já sofreram algum tipo de violência sexual em algum momento de suas vidas. Na área rural, o índice sobe para 47%.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES