Veja como foram os minutos que antecederam o assassinato de Shinzo Abe

Ex-primeiro-ministro estava fazendo campanha para um aliado político quando foi assassinado.

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Pouco antes de ser assassinado na sexta-feira (8), o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, do Japão, estava fazendo campanha política para um político que disputa eleições regionais.

No Japão, os crimes violentos são raros e há poucas armas. Não havia um esquema de segurança robusto para proteger Abe, que fazia um discurso em uma esquina da cidade de Nara.

Shinzo Abe chegou a ser socorrido mas não resistiu (Foto: reprodução)

Ele pedia votos para Kei Sato, um político que tenta se reeleger para o Senado (a votação acontece neste domingo). Abe elogiava o desempenho de Sato durante a pandemia. Segundo o ex-primeiro-ministro, Sato se mostrou solícito durante os piores momentos da onda de Covid-19 no Japão. Esse foi o último assunto da vida de Abe.

As vias não haviam sido bloqueadas; carros e ônibus passavam pelas costas do ex-primeiro-ministro quando ele falava. Motoqueiros passaram perto, pessoas dentro de carros acenaram. Os agentes responsáveis pela proteção são de um órgão de elite chamado Polícia de Segurança. Eles estavam do lado direito e atrás de Abe.

Ex-minitro foi morto com arma caseira (Foto: reprodução)

Atrás dele, um homem de óculos e calças bege apareceu e abriu fogo com uma arma caseira coberta com fita. Depois dos tiros, apareceu uma fumaça branca. No primeiro momento, pareceu que Abe não foi atingido.

“Eu pensei que eram fogos de artifício, foi quase como uma rajada de vento”, disse Takenob Nakajima, que estava lá para apoiar o partido de Abe, os Democratas Liberais. O atirador foi identificado como Tetsuya Yamagami, de 41 anos, um ex-membro das Forças Defensivas Marítimas.

'Apareceu do nada'

Outra testemunha, o empresário Makoto Ichikawa, disse que o agressor surgiu do nada para o meio da via. “No primeiro tiro, ninguém sabia o que estava acontecendo. Depois do segundo tiro, os membros da Polícia de Segurança agarraram o agressor e o imobilizaram no chão. A camisa cinza subiu, e foi possível ver um cinto preto com fivela de prata. Ele estava usando uma máscara, como a maioria das pessoas na multidão.”

Nesse momento, Abe já estava derrubado no chão. As imagens que foram publicadas em redes sociais mostram que a camisa dele estava manchada de sangue.

Sangrou até morrer

Ken Namikawa, o prefeito da cidade de Tenri, que fica perto de Nara, estava lá para apoiar Sato, o candidato ao Senado.

Namikawa afirmou que procurou os carros da campanha e tomou um microfone. Ele perguntou se havia médicos ou enfermeiros na multidão. Uma enfermeira chegou a se apresentar. Uma pessoa tentou fazer uma massagem cardíaca em Abe.

Mais tarde, os médicos afirmaram que Abe morreu depois de perder muito sangue (mesmo tendo recebido transfusão durante quatro horas). Os tiros atingiram o coração e o lado direito de seu pescoço.



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