Vitória da oposição nas eleições da Argentina põe opositores na disputa presidencial

Kirchnerismo perde em grandes distritos, mas controla o Parlamento

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A vitória da oposição nas eleições legislativas de domingo na Argentina coloca dois candidatos da província de Buenos Aires na corrida presidencial de 2015. Sergio Massa, o popular prefeito de Tigre e eleito deputado, é uma das grandes promessas para a disputa, enquanto Mauricio Macri, prefeito da capital, que também saiu vitorioso nas eleições, admitiu publicamente suas aspirações presidenciais.

Com quase 100% das urnas apuradas, o kirchnerismo perdeu 12 dos 24 distritos, incluindo os cinco mais populosos do país. A presidente Cristina Kirchner, no entanto, permanecerá com a maioria nas duas casas do Congresso nos últimos dois anos de seu governo, mas o partido governista Frente para a Vitória (FPV) e seus aliados não terão os dois terços dos deputados e senadores necessários para aprovar uma alteração na Constituição que permita a reeleição da chefe de Estado para um terceiro mandato em 2015 - possibilidade que havia sido descartada pelo próprio kirchnerismo depois das primárias realizadas em agosto passado.

Os resultados - descritos pelo jornal ?La Nación? como as piores eleições do kirchnerismo - marcaram o início de uma transição de dois anos até as eleições de 2015, uma trajetória que deve ser marcada por disputas entre os aspirantes a suceder Cristina, ao mesmo tempo em que a economia sofre com sinais de enfraquecimento devido à alta da inflação e à falta de investimentos.

Sergio Massa, um ex-kirchnerista que este ano lançou seu próprio partido, foi o grande vencedor da eleição. Massa, que é prefeito do município de Tigre, na Grande Buenos Aires, foi eleito deputado pela Frente Renovadora (sublegenda do peronista Partido Justicialista) com mais de dez pontos percentuais em relação ao candidato kirchnerista, Martin Insaurralde.

Na cidade de Buenos Aires, o Partido Proposta Republicana (PRO), de Mauricio Macri, obteve uma importante vitória no Senado, com 38,6% dos votos contra 24,1% do kirchnerismo. Macri aproveitou o resultado para anunciar que será candidato. Seu desafio é continuar construindo uma força nacional que antes estava concentrada na capital.

Os governistas também perdiam por margem ampla nos outros quatro distritos mais populosos do país: Córdoba, Santa Fé, Mendoza e na Cidade de Buenos Aires.



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