Jairinho leva tapa e é chamado de criminoso ao deixar delegacia

Ele e a mãe da criança saíram do DP e foram caminhando até as duas viaturas da Polícia Civil, escoltados e em silêncio

Jairinho | Brenno Carvalho / Agência O Globo
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) e a sua companheira, Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, deixaram a 16ª DP (Barra da Tijuca), na Zona Oeste do Rio, por volta das 13h desta quinta-feira. Eles são suspeitos de matar a criança.

Eles saíram do DP e foram caminhando até as duas viaturas da Polícia Civil, escoltados e em silêncio. Eles foram levados para o Instituto Médico-Legal (IML), no Centro.  Populares que estavam no local xingaram os suspeitos e os chamaram de "assassinos". Um homem  chegou a furar o bloqueio da polícia e deu um tapa no vereador.

O autor do tapa em Jairinho, um aposentado de 64 anos, foi encaminhado por policiais à própria 16ª DP logo após a agressão. Na unidade, foi lavrado um termo circunstanciado pelo crime de "vias de fato", em que se enquadra esse tipo de situação.

Acusados de matar o menino Henry Borel, vereador Jairinho e Monique saem escoltados de DP (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo )

Aos agentes, o idoso argumentou que agiu "acometido por grande emoção em razão dos fatos imputados ao vereador". O homem, contudo, optou por prestar depoimento apenas em juízo e se comprometeu a comparecer às audiências relativas ao processo, que foi remetido ao Juizado Especial Criminal (Jecrim).

Durante a passagem do casal pela delegacia, que durou mais de 5 horas e 30 minutos, os suspeitos foram ouvidos novamente pela polícia. Os investigadores queriam saber se ambos explicariam a verdadeira dinâmica do que aconteceu na noite de 8 de março. Ao longo da investigação, o vereador e a sua namorada alegaram que se depararam com Henry morto em seu quarto na madrugada daquele dia. Os laudos da necropsia apontaram, contudo, que o corpo do menino tinha lesões incompatíveis com um acidente doméstico.

Para a Polícia Civil, a defesa dos suspeitos reafirmou, no entanto, a versão de que a morte de Henry foi acidental.

O advogado do casal, André França, chegou à 16ª DP por volta das 7h15m e saiu logo após o casal, por volta das 13h. Ele também foi recebido aos berros e xingamentos de pessoas que aguardavam a saída dos suspeitos. A jornalistas, França reafirmou a inocência de seus clientes e disse que tomará todas as medidas cabíveis para recorrer da prisão do casal.

— Não mudaram (a versão), não mudaram nada — disse. — Vamos levantar todas as medidas, com tranquilidade. Desde o início eles têm se mostrado extremamente colaborativos. Vieram à delegacia e prestaram doze horas de depoimento, nem intimados eles tinham sido.

França também foi questionado sobre a informação de que o casal estaria tentando fugir das investigações, que foi compartilhada pela Polícia Civil em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira.

— Desconheço essas informações. Não vi a coletiva, e até me causa uma estranheza uma coletiva sobre um caso que está sob sigilo — afirmou. — Eles sempre estiverem no local onde afirmaram (estar), ora na casa dos pais dele, ora na casa dos pais dela, ora na casa da tia, todos em Bangu a menos de 50 metros de distância um do outro. Tanto que a polícia os localizou hoje. Não existia a tentativa de fugir, de esconder, nada disso. Eles estão inclusive sem as roupas deles, que estão no imóvel.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES