Jovem conta em carta à mãe que foi estuprada durante 11 anos pelo pai

Segundo informações da Polícia Civil, ele confessou os abusos, mas refutou as ameaças à vida da filha.

Jovem conta em carta à mãe que foi estuprada durante 11 anos pelo pai | Reprodução
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Uma adolescente de 16 anos decidiu criar coragem para contar à mãe o que estava acontecendo. Cansada de sofrer abusos praticados pelo próprio pai desde que tinha 5 anos de idade, ela escreveu em uma carta que o pai a estuprava constantemente e que ameaçava matá-la e ao seu irmão caso contasse a alguém sobre o que acontecia. A mãe denunciou o caso à polícia e o homem, de 57 anos, confessou os abusos e teve a prisão cautelar decretada. 

O caso ocorreu no litoral sul de São Paulo, na cidade de Mongaguá. Em depoimento ao Creas (Centro de Referência Especializado da Assistência Social) do município, ela confirmou que vinha sido vítima de violência sexual praticada pelo pai desde os 5 anos de idade. 

Jovem conta em carta à mãe que foi estuprada durante 11 anos pelo pai- Foto: Reprodução

A denúncia foi oficializada junto à Delegacia de Defesa da Mulher do município. Agentes da unidade capturaram o suspeito na tarde de quinta-feira (23). Ele estava escondido em uma residência no bairro Jardim Leonor. 

Ele foi apontado pelas investigações em curso como responsável pelo estupro de vulnerável, cometido de forma reiterada contra a própria filha, durante 11 anos. Segundo informações da Polícia Civil, ele confessou os abusos, mas refutou as ameaças à vida da filha. 

Com a prisão cautelar decretada, o homem foi conduzido ao sistema penitenciário. A investigação foi encaminhada ao Ministério Público, que avaliará se existem elementos para a abertura de uma ação na Justiça. O caso segue em segredo de Justiça. 

Como notar os sinais de abuso

A psicóloga forense afirma que muitas pessoas julgam as vítimas pela demora em denunciar os abusos, como no caso ocorrido em Mongaguá. "A criança, somente depois de uma certa idade irá compreender que aquilo que ela sofreu foi um abuso", explica Cristina, sugerindo que as pessoas se coloquem no lugar das vítimas antes de julgar seu comportamento.

"É preciso que as pessoas entendam que, muitas vezes para a vítima, falar sobre o que ela passou traz dor, sofrimento, angústia, uma revivência do trauma que ela não gostaria de se lembrar nunca mais e quanto mais as pessoas acusam, mais a vítima sofre".

O silêncio e o ato de se calar, acompanham a maioria das vítimas de violência sexual, principalmente entre as crianças. Por essa razão, explica a especialista, os pais e responsáveis devem ficar atentos a alguns sinais que indicam que a criança ou adolescente pode estar sendo vítima de abusos. 

"As vítimas se tornam submissas, podendo apresentar comportamento extremamente agressivo e antissocial. Elas amadurecem mais depressa e começam a apresentar brincadeiras de cunho sexual inapropriadas para a idade. Preferem passar a maior parte do tempo na escola ou qualquer outro lugar, longe de casa", avisa Deise.



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