Justiça condena Gilberto Barros à prisão por crime de homofobia

A juíza disse em sua decisão que houve agressividade das palavras aplicadas, as quais discriminaram os homossexuais.

Justiça condena Gilberto Barros à prisão por crime de homofobia | reprodução
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O apresentador Gilberto Barros foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) a dois anos de prisão pelo crime de homofobia por causa de comentário feito em seu programa Amigos do Leão. Por ser réu primário, a juíza Roberta Hallage Gondim Teixeira substituiu a privação de liberdade por medidas restritivas de direito.

Gilberto prestará serviços comunitários pelo tempo da pena e deverá pagar cinco salários mínimos que serão revertidos na compra de cestas básicas para organizações sociais. 

Gilberto Barros disse que, quando trabalhava na Rádio Globo, tinha que presenciar “beijo de língua de dois bigodes” pois havia uma boate para o público LGBTQIA+ próximo ao local. 

“Tinha que acordar às 2h30 e ainda presenciar, no lugar onde guardava o carro, beijo de língua de dois bigodes. Porque tinha uma boate gay lá na frente. Não tenho nada contra, mas eu também vomito. Sou gente, gente. Naquela época ainda, imagina chegando do interior. Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente faz, apanha os dois, mas faz”, disse o jornalista.

Justiça condena Gilberto Barros à prisão por crime de homofobia (Foto: Reprodução)Os advogados do apresentador confirmaram sua fala, mas negaram a acusação. A defesa disse ainda que o comunicador se mostrou constrangido pela situação, “pois sempre usou sua arte ou ofício para melhorar o país”.

A juíza disse em sua decisão que houve “agressividade das palavras aplicadas”, as quais discriminaram os homossexuais especialmente diante do uso da palavra “nojo”, e que a fala atingiu a comunidade LGBTQIA+.

O apresentador foi denunciado pelo jornalista William De Lucca, militante da causa LGBTQIA+. Dimitri Sales, advogado que defendeu De Lucca, afirma que é uma decisão “importantíssima, por resguardar os direitos da população LGBT, rejeitando comentários e condutas que estimulam ódio e violência”. 



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