Macapá, “Capital do Meio do Mundo”, comemora 262 anos

Cortada pela Linha do Equador, cidade atrai milhares de visitantes por suas belezas naturais, rica gastronomia indígena e monumentos históricos

O marabaixo, dança de raiz africana, é uma das manifestações culturais amapaenses | Lia de Paula/MinC
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Os 262 anos de Macapá, capital do Amapá, celebrado nesta terça-feira (04.02), serão comemorados em grande estilo. Ao todo, serão cinco dias de muita festa, música, dança e atividades esportivas. As festividades de hoje continuam com missa em ação de graças na igreja matriz de São José, encontro das bandeiras, shows, almoço no novo Mercado Central, além do cortejo artístico do Banzeiro do Brilho de Fogo, projeto de cultura popular amapaense.

Cidade comemorou aniversário com diversas atrações culturais e esportivas. Crédito: Prefeitura de Macapá

Um dia apenas não seria suficiente para tanta alegria e celebração. Por isso, a festança teve início na semana passada com uma série de atrações: samba no novo Mercado Central, atividades artísticas no CEU das Artes, shows de artistas regionais, mostra de filmes, corrida de rua, jogo de capoeira, remo no Canal do Jandiá. Teve também teatro, circo, dança e literatura.

Às margens do rio Amazonas, Macapá é a única capital brasileira cortada pela Linha do Equador. Com cerca de 500 mil habitantes é a única capital estadual brasileira que não possui interligação por rodovia a outras capitais. A Área de Livre Comércio e Santana (ALCMS) movimenta o comércio na região, assim como o artesanato e a gastronomia, famosa pelos pratos indígenas como o tucupi e o tacacá. O consumo do açaí, apesar de oriundo da região ribeirinha, também possui grande impacto na economia da cidade.

Em seu cartão postal está o Marco Zero, construído para a observação do fenômeno do Equinócio quando, duas vezes por ano, o sol alinha-se perfeitamente no círculo do monumento e projeta um raio de luz representando a linha imaginária do Equador. No local, moradores e turistas se divertem dizendo estar em dois lugares ao mesmo tempo, fazendo alusão aos hemisférios norte e sul. Da mesma forma, o Estádio Olímpico Milton de Souza Corrêa, o “Zerão”, é dividido pela linha do equador. As equipes jogam em lados opostos do globo.

Outro ícone da capital é a Fortaleza de São José de Macapá, construída em 1782 para proteger a cidade de invasões. O forte é um patrimônio cultural brasileiro, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O complexo Beira-Rio é um famoso ponto de encontro na cidade. É formado por trapiches, quiosques e restaurantes que atraem visitantes durante todo o ano, com uma vista privilegiada da orla de Macapá. A vila do Curiaú, localizada a oito quilômetros da cidade, revela a história de remanescentes quilombolas, bela paisagem natural e riquezas da fauna e da flora.

MARABAIXO

Outro ponto forte na capital são as manifestações culturais, que misturam sabedoria popular e valores históricos e culturais. O Marabaixo, por exemplo, foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Brasil (Iphan) e acontece no ritmo de tambores ou caixas. As mulheres dançam de forma vigorosa, com saias de cores vivas, no ritmo forte e intenso dos batuques. Durante o ritual são servidas bebidas, sendo a mais típica a gengibirra, comumente servida nas rodas de batuques e feita com gengibre e cachaça. O dia 16 de junho é o dia do Marabaixo no Amapá comemorado por grupos organizados que trabalham para manter vivas as tradições de raiz de seu povo e ancestrais. (Por Vanessa Castro/MTur)



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