Mãe dá à luz bebê em cima de uma árvore durante ciclone em Moçambique

Família foi pega de surpresa pela enchente de um rio na passagem do Idai. Ela, o bebê e outro filho tiveram de esperar por dois dias em cima da árvore, relatou a Unicef.

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Em meio à destruição causada pelo ciclone Idai no sudeste da África, que matou centenas de pessoas em três países, uma história impressionou os representantes da Unicef na região. Uma mãe deu à luz um bebê em cima de uma árvore no centro de Moçambique, país mais afetado pelos estragos da tempestade.

A mulher, identificada apenas como Amélia, relatou à Unicef que estava em casa com o outro filho, de 2 anos, quando começou uma enchente. Eles viviam no vilarejo de Dombe, no centro de Moçambique, devastado em decorrência das cheias causadas pelo ciclone que passou entre 14 e 15 de março pelo país.

"Sem aviso, a água começou a entrar dentro da casa, e eu não tive outra opção a não ser subir numa mangueira próxima à minha casa", relatou Amélia.

UNICEF Moçambique/2019/Javier Rodriguez

Entre os galhos, a mulher começou a sentir as contrações e, ali mesmo, nasceu a bebê Sara. "Eu não tinha ninguém por perto para me ajudar. Estava sozinha com ela e meu filho", contou a mãe.

O drama da família apenas começava: o nível da água demorou a descer. Sem escolha, eles esperaram por socorro por dois dias de cima da árvore. "Mais tarde, os vizinhos me ajudaram a descer e chegamos a um lugar seguro", disse Amélia. De acordo com a Unicef, a mãe e o bebê "aparentam se encontrar bem de saúde". A família recebe assistência médica e de saúde em um centro para pessoas afetadas pelo ciclone, onde há outras mães.

UNICEF Moçambique/2019/Javier Rodriguez

Enchentes destruíram região

Além da devastação na cidade portuária de Beira, o ciclone causou estragos no interior de Moçambique e em Zimbábue e Malaui principalmente por causa das enchentes. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), há mais de 146 mil pessoas desabrigadas apenas em Moçambique. Lá, quase 110 casas foram destruídas pelo ciclone.

Em Dombe, onde vivem Amélia e a família, há um vale que inundou por causa das cheias dos rios da região. Lá, a Unicef diz ter encontrado 3 mil pessoas sobrevivendo sem nenhum tipo de apoio após a passagem do ciclone.

Philimon Bulawayo/Reuters



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