Mãe que morreu após parto de trigêmeos deixa 7 filhos com marido

Segundo o Hospital Marieta Konder Bornhausen, ela não sofreu problemas na cesariana.

Mulher morreu após parto | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

"Ela desceu, aí eu não pude descer, eu aí já não vi mais nada, não consegui acompanhar ela, não fiquei junto com ela". A afirmação é de José Cleber Xavier Cardoso, de 34 anos, que perdeu nesta quinta-feira (28) a companheira Camila Cassimiro da Conceição, 32 anos, com que viveu durante 13 anos.

O pedreiro e morador de Itajaí, no Vale, terá a missão de cuidar de sete filhos sem a mulher, que não sobreviveu a complicações depois do parto de trigêmeos, um dia depois de ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Segundo o Hospital Marieta Konder Bornhausen, ela não sofreu problemas na cesariana. No entanto, na quarta (27), teve sangramentos e passou por uma cirurgia de emergência. A causa da morte não foi revelada pela unidade de saúde.

LEIA TAMBÉM:

-  Após ter 1 filho na 1ª gestação e dois na 2ª, mulher dá à luz 3 bebês

Cardoso diz que conversou e chegou a dar água para a mulher. Ela falou que estava sentindo fraqueza poucas horas depois do parto.

"A gente estava na sala, que já começou o sangramento, aí foi sangramento, foi sangramento, aí não teve jeito mais, fazendo limpeza aí ela foi lá e chamou a médica. A médica subiu e desceu com ela para a UTI. [O hospital disse] que tinha tirado o útero dela, por problema que deu com ela, que eu nem sei explicar direito", disse Cardoso.

Mãe morreu após parto de trigêmeos

Ainda não há detalhes sobre o velório de Camila, mas o corpo deve ser levado para Indiaroba (SE), onde ela nasceu e vive a avó das crianças. Os bebês, Vitória, Breno e Valentina, permanecem no hospital, e estão saudáveis.

A família de Camila e Cardoso é de Indiaroba (SE). Eles vieram morar no Vale do Itajaí há cerca de dez anos, em busca de melhores condições de trabalho. O município abriga o maior complexo portuário catarinense e tem uma das receitas mais altas per capita (por pessoa) no país.

Na região, Cardoso trabalha como pedreiro e Camila ficava em casa com as crianças. Ele disse que irá contar inicialmente com a ajuda da mãe e irmãos. "Condições, condições eu não vou ter. Mas tenho que seguir em frente. Minha mãe está aí, vai me ajudar. Agora é pensar positivo. Vai dar tudo certo".

Cardoso também afirmou que as doações serão necessárias no momento. "Quem puder pra doar, que tiver vontade de fazer uma doação e puder ajudar, estamos aí pra receber essa ajuda".

Doações de alimentos e roupas podem ser entregues na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Murta, na Rua Orlandina Amália Pires Corrêa, 300, em Itajaí.

O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município informou que está acompanhando a família e oferecendo suporte, bem como orientando sobre os auxílios natalidade, Bolsa Família e os federais.

O Conselho Tutelar disse que irá verificar a situação da família para dar o suporte necessário.

Nascimento dos trigêmeos

Além dos trigêmeos, Camila teve mais quatro meninas de 13, 11 e duas de 3 anos. Com o nascimento de Vitória, Breno e Valentina, ela saltou de mãe de quatro para sete. Segundo a unidade de saúde, os três nasceram de 36 semanas de parto cesariana.

O pai lembra que ficaram felizes com a notícia da chegada dos trigêmeos. "É bom, né, é bom. Ficamos felizes. Eu queria ter um menino homem e agora que veio".

A chegada dos recém-nascidos foi comemorada por ser considerada um caso raro na unidade de saúde. Segundo a assessoria do hospital, este é o primeiro caso de trigêmeos registrado em 2021. No ano passado, o hospital registrou apenas um caso trigemelar. Em nota, o hospital se manifestou dizendo que “solidariza com a família enlutada” e que prestará todo apoio.

Marido fica com 7 filhos após morte da esposa 



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES