Mais de 20 cidades foram vítimas de empresa de cursinhos

Dentre os relatos ouvidos pela equipe do Jornal Meio Norte, está de dois professores, que não quiseram se identificar com medo de retaliações.

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CONFIRA A REPORTAGEM COMPLETA NA EDIÇÃO DESTA QUARTA-FEIRA (04) DO JORNAL MEIO NORTE.

Por: Márcia Gabriele

Pelo menos 20 cidades do Piauí, inclusive a capital Teresina, foram alvo de golpes por uma empresa de cursinhos profissionalizantes. De acordo com as denúncias, a empresa chama-se Qualifica Cursos Profissionalizantes, cujo proprietário foi identificado como Lucas Leal, que supostamente, aplicou golpes em mais de 3 mil alunos, deixando dívidas com cerca de 30 professores e estabelecimentos comerciais. E ainda, na própria sede da empresa que funcionava na Rua Rui Barbosa, 520, sala C, Centro Sul da capital, está com pagamento atrasado.

A empresa atuava, aproximadamente, há três anos oferecendo cursos profissionalizantes, no entanto, segundo relatos de professores que chegaram a ministrar aulas nos cursinhos, parte das aulas não era ministrada e pelo menos 30 professores não receberam a remuneração acordada.

Dentre os relatos ouvidos pela equipe do Jornal Meio Norte, está de dois professores, que não quiseram se identificar com medo de retaliações. O professor relata a forma como ocorria o convite de trabalho, sem contratos e qualquer vínculo empregatício.

“O Lucas Leal, inicialmente, vai nas faculdades para distribuir panfletos e vai nas páginas online de empregos para chamar funcionários. Daí, faz uma entrevista, prometendo salário e certificado de participação para os professores. No entanto, ele não permitia nenhum tipo de contrato, quando questionávamos. As aulas eram sempre aos sábados. Em várias cidades do interior. Dava no primeiro sábado a ajuda de custos e logo depois disso, era para fazer o pagamento hora aula do professor, o que não acontecia. Inclusive, tem alugado várias salas comerciais no centro de Teresina e paga apenas o primeiro mês, após isso, não paga mais. E de três em três meses ele tem mudado de sede, por falta de pagamento e para não ser facilmente localizado. Este da Rua Rui Barbosa está nessa situação”, relata o professor.

O professor declara ainda que, caso aceitassem, eram obrigados a ministrar aulas com conteúdos que não tinham qualificação e ainda reduziam a capacidade dos alunos inscritos nos cursinhos.

“Outro fator é que a gente tinha que ministrar aulas com conteúdos que não tínhamos qualificação. E ao alegarmos isso, ele nos dizia: “Olha, você pega essa apostila e leia em sala. Porque esses alunos são um bando de ignorantes”. Pela forma como ele tratava, muitos já recusavam a ministrar aulas, que foi o meu caso”, destaca um dos professores.

O Jornal Meio Norte entrou em contato com os números disponibilizados na página e a pessoa que atendeu a um dos números, se identificou como irmão de Lucas e que não teria o número do irmão naquele momento, pois não sabia de cor, no entanto, negou qualquer relação de Lucas com a empresa.



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