Mais rica do Brasil é grega, mora na Suíça e herdou fortuna do século 19

Neste ano, ela superou Jorge Paulo Lemann, que foi para a segunda posição entre os brasileiros do ranking

Mais rica do Brasil é grega, mora na Suíça e herdou fortuna do século 19 | Reprodução
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Vicky Safra, a viúva do banqueiro Joseph Safra, é atualmente a pessoa mais rica do Brasil, com uma fortuna estimada em US$ 16,7 bilhões (R$ 85 bilhões), o que a colocou em 100º lugar na lista da Forbes de 2023. Neste ano, ela ultrapassou Jorge Paulo Lemann e se tornou a brasileira mais bem posicionada no ranking.

Nascida na Grécia, Vicky Safra possui 70 anos e é uma cidadã naturalizada brasileira que atualmente vive na Suíça. Ela se casou com o banqueiro Joseph Safra em 1969 e tem quatro filhos, Jacob, David, Alberto e Esther, além de 14 netos.

Vicky é proprietária do Gherkin, um prédio em Londres, e do número 660 na Madison Avenue, uma das áreas mais valorizadas de Nova York. Além disso, ela realiza trabalhos voluntários e é engajada em instituições de caridade. Atualmente, ela é responsável pela Fundação Vicky e Joseph Safra, que trabalha com educação, artes e hospitais.

A fortuna da família Safra mais do que dobrou de 2022 para 2023, passando de US$ 7,4 bilhões para US$ 16,7 bilhões. A família tem uma longa tradição no setor bancário, que se estende desde o século XIX. Os Safra são judeus originários de Alepo, que é um centro financeiro na Síria.

O banco da família, o Safra Frères & Cie, tinha filiais em Istambul (Turquia), Alexandria (Egito) e Beirute (Líbano) e financiava o comércio nos territórios do Império Otomano. Com o fim da Primeira Guerra Mundial e o desmembramento do império, a família se mudou para Beirute e abriu o Banco Jacob Safra.

Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a criação do Estado de Israel (1948), houve uma onda de revoltas contra judeus em diversas cidades do Oriente Médio, incluindo Beirute, e, para se afastar da pressão, os Safra mudaram-se novamente.

Em 1953, Jacob Safra e seus filhos, incluindo Joseph, chegaram a São Paulo e continuaram trabalhando no setor bancário. Já o filho mais velho, Edmond, partiu para Genebra, na Suíça, no ano seguinte para buscar fortuna por conta própria.



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