Mandetta: 'A gente deve manter o máximo grau de distanciamento social'

Ministro recomendou que sejam mantidas as recomendações dadas pelos estados

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Um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro ter feito um passeio pelo comércio de Brasília mesmo em meio ao surto do novo coronavírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recomendou que sejam mantidas as recomendações dadas pelos estados e defendeu o "máximo grau de isolamento social".

"Temos dialogado com os secretários dentro do que é técnico, cientifico, do que é preciso ter na Saúde para que a gente possa imaginar qualquer tipo de movimentação que não é essa que a gente está. Por enquanto, mantenha as recomendações dos estados. Porque ainda temos deficiências no sistema", disse Mandeta entrevista coletiva nesta segunda-feira (30) em Brasília.

Em várias ocasiões, ele repetiu os termos "técnico" e "científico" ao comentar as orientações e condutas da pasta diante do surto da Covid-19, doença causada pelo coronavírus Sars-CoV-2, que provocou mais de 150 mortes no Brasil.

Bolsonaro vem defendendo o relaxamento das medidas de isolamento adotada nos estados e a retomada da atividade econômica, com a reabertura do comércio e volta dos estudantes às escolas. As recomendações de especialistas, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio Mandetta são de que o isolamento é necessário para evitar a expansão da pandemia.

Na entrevista desta segunda, Mandetta reafirmou: "No momento, a gente deve manter o máximo grau de distanciamento social, para que a gente possa, nas regras que estão nos estados, dar tempo para que o sistema [de saúde] se consolide na sua expansão".

"Estamos aumentando o sistema, estão chegando equipamentos. Tem que aguardar a quantidade de hospitais de campanha que estão sendo ainda construídos em várias cidades."

Em outro momento, o ministro declarou que "distanciamento social não quer dizer isolamento absoluto". "Não estamos ainda em lockdown absoluto", disse, referindo-se ao termo em inglês para a paralisação total do fluxo de pessoas (com exceções).

O ministro disse mais de uma vez que a pandemia não é um problema que diz respeito apenas ao seu ministério: "Essa briga não é [somente] da Saúde."

"Temos uma onda na Saúde e temos uma onda na Economia. Parece que é consenso de todos que fazer um lockdown absoluto não é, neste momento, o que a gente está precisando, porque vai ter muito problema lá na frente", afirmou.

Também presente na entrevista coletiva desta segunda, o ministro da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto, afirmou que "está fora de cogitação" e que "não existe essa ideia" de demissão de Mandetta.

Casos confirmados e mortes no Brasil

Nesta segunda, o Ministério da Saúde divulgou balanço nacional sobre os casos de Covid-19, doença causada pelo coronavírus Sars-Cov-2. Os principais dados são:

-159 mortes

-4579 casos confirmados

-3,5% é a taxa de letalidade

-Sudeste tem 2.507 casos, 55% do total

-São Paulo tem 1.451 casos

No levantamento anterior, divulgado no domingo (29), o Brasil tinha 136 mortes e 4.256 casos confirmados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.

Reprodução/TV Brasil 



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