Maternidade Evangelina Rosa pede nova interdição ética

Centro clínico precisa de intervenções para amenizar superlotação

Maternidade Evangelina Rosa pede nova interdição ética | Raíssa Morais
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O diretor da Maternidade Evangelina Rosa, Francisco de Macedo Neto, pediu uma nova interdição ética no centro clínico. O ofício expedido ao Conselho Regional de Medicina (CRM-PI) busca mais tempo para finalizar as reformas, além de pedir uma regulação estadual e municipal com mais qualidade.

Serão dois meses de interdição. “No início de novembro foi feita a primeira interdição ética. O CRM elencou condições que fizéssemos. Atendemos e por própria afirmação do CRM, atendemos 90% do que foi requerido. Mas estruturalmente faltaram algumas reformas. No dia 1º de fevereiro eles prorrogaram por mais 60 dias para a reforma. Agora vencido esse prazo, decidimos, a diretoria, solicitar do CRM novos 60 dias porque existem reformas de maiores monta financeira, que precisa de licitação”, declara.

Crédito: Raíssa Morais.

O gestor ressalta a urgência das adequações que já haviam sido apontadas pelo Conselho. “Apesar de trabalharmos diariamente nas reformas, existem reformas grandes que nossa equipe pequena não tem condições. Precisamos que uma empresa maior possa fazer as adequações no melhor tempo possível”, acrescenta.

Reforma prevê novos leitos

A reforma também busca evitar problemas de superlotação, causada, sobretudo, por uma regulação ineficiente dos municípios e estado. “Nós estamos com reformas nas enfermarias, revisando a parte hidráulica, elétrica, fazendo novos banheiros. Tudo isso requer tempo. Estamos com o processo licitatório em andamento para criarmos mais 24 leitos, o que soma seis enfermarias de seis leitos. Além da reforma grande da ala D, que vai beneficiar as UTIs neonatal e materna. Essa foi uma empresa grande que ganhou. Com isso vamos melhorar o atendimento e evitar a superlotação”, avalia Francisco de Macedo.

Regulação precisa de otimização

A regulação de pacientes referenciados precisa ser revista. “No ofício também solicitamos uma regulação estadual e municipal trabalhem conjuntamente no intuito de auxiliar a maternidade evangelina rosa como as outras do município e interior. Devido à sazonalidade, tem  dias que temos vagas e temos dias que nenhum hospital tem”, completa o diretor da Maternidade Evangelina Rosa.

Francisco Macedo ressalta que isso deve partir do executivo. “O governo precisa ter um entrelaçamento das maternidades estaduais e municipais. Assim vamos diminuir os aportes de pacientes de médio e baixo risco que podem ser resolvidos na maternidade local. A Evangelina Rosa deve tratar apenas alto risco. Somos a única de referência. Somos a única que faz tomografia 24h, banco de leite humano, cirurgias pediatras, neurocirurgia, serviço de atendimento à mulher vítima de violência sexual e laboratoriais”, lembra.

Taxa de ocupação da maternidade chega a 97%

“A taxa de ocupação elevada dificulta a operação das reformas. Estamos com uma taxa de de 90 a 95%, chegando até 97%”, aponta Florentino Neto, gestor da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi).

A própria Sesapi indicou a necessidade de mais mudanças. Além disso, o prédio em funcionamento dificulta as obras. “O CRM fez uma interdição médica na maternidade, com uma série de providências. Estamos executando essas reformas com um prédio em funcionamento. Isso não é a mesma coisa que executar em um prédio parado. Observamos outras necessidades além das relacionadas pelo Conselho, a nossa equipe de engenharia está ampliando o nível de intervenção. Não é possível fazer tudo dentro daquele prazo”, acrescenta o secretário.

Centro Materno Infantil de Teresina vai resolver situação

A construção do Centro Materno Infantil de Teresina, que resolveria a situação da superlotação dos hospitais, deve ficar pronto no ano que vem. A estrutura dobra a quantidade de leitos disponíveis na capital. As obras iniciaram em novembro de 2018.

Crédito: divulgação.

As obras devem seguir até o final do ano que vem. Para a construção, serão investidos mais de R$ 83,8 milhões. “A nova maternidade já está sendo construída, com prazo contratual de dois anos. Ao final de 2020 devemos entregar. É um prédio de oito andares com centro cirúrgico, obstétrico, UTI neonatal, adulto, centro de parto normal. A obra está cumprindo seu cronograma”, finaliza Florentino Neto.



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