Matizes cria grupo no Whatsapp para ajudar a empregar pessoas LGBTQIA+

A iniciativa chega após um ano de atividades voltadas para a temática da empregabilidade de minorias.

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Embora a diversidade e a inclusão tenham subido nas agendas corporativas na última década, a comunidade LGBTQIA+ continua enfrentando rejeição no mercado de trabalho por não se adequar ao padrão heteronormativo. Mesmo com uma lei que pune toda discriminação praticada contra homossexuais, bissexuais ou transexuais no Brasil, o desemprego “escolhe” a identidade de gênero e orientação sexual de uma pessoa.

Uma pesquisa da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) revela que apenas 4% de transexuais possuem emprego formal. Esse é apenas um ângulo da precária empregabilidade dessas minorias.

Matizes cria grupo no Whatsapp para ajudar a empregar pessoas LGBTQIA+ (Foto: Letícia Paris)

Para tentar mudar essa realidade, o Grupo Matizes, entidade que atua na luta pelos direitos das pessoas LGBTQIA+, criou um grupo de Whatsapp para indicar vagas de emprego para a comunidade. Através do Instagram @matizesteresina, o público interessado é orientado a mandar uma mensagem (via direct) e solicitar participação. 

“Visitamos as páginas das empresas e enviamos para os membros do grupo em caso de oportunidades, incluímos todas as pessoas que nos mandam currículos”, explicou a coordenadora de Assuntos Institucionais do Matizes, Carmen Ribeiro.

A iniciativa chega após um ano de atividades voltadas para a temática da empregabilidade de minorias no Matizes. No ano passado, o grupo recebeu apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) para realizar um projeto que inclui uma série de ações sobre o mercado de trabalho, incluindo oficinas de capacitação para empresas, campanhas de conscientização e a criação de um banco de currículos direcionado para organizações parceiras.

“O projeto com a CESI tinha como objetivo ampliar o espaço de empregabilidade da população LGBT. Durante sua execução, dialogamos com a Fundação Wall Ferraz, SEMEC, Banco Popular, que tem linha de financiamento de crédito para pequenos empreendedores, conversamos com jovens e criamos um banco de currículos. O grupo de Whatsapp veio para facilitar o direcionamento de oportunidades de projeto”, contou Carmen.

Oficina do Matizes sobre mercado de Trabalho em Teresina (Foto: Divulgação)

O coordenador de Mídias Sociais do Matizes, Herbert Medeiros, relatou que o grupo de apoio às minorias tem dialogado com a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Teresina (CDL) e com profissionais da área de Recursos Humanos (RH) com o intuito de sensibilizar o mercado de trabalho local para adoção de estratégias que possam respeitar e valorizar colaboradores LGBTQIA+.

Um ofício com propostas de inclusão foi apresentado à superintendência do CDL para incentivar a pluralidade no ambiente corporativo e ressaltar os direitos das minorias. “Às vezes a pessoa perde a oportunidade de incluir diversidade, respeito, valorização, inovação e a criatividade. A gente tem feito um trabalho de diálogo com as empresas, um trabalho de formiguinha mesmo, para mostrar que a presença de LGBTQIA+, pessoas negras, e pessoas com deficiência também é uma forma de valorizar a pluralidade de pensamentos, ideias e novas possibilidades”, falou.




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