Médico que agrediu paciente durante o parto é afastado; vídeo

O caso aconteceu no hospital Balbina Mestrinho, em Manaus

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O médico Armando Andrade Araújo, flagrado agredindo uma mulher gestante durante trabalho de parto no Amazonas, foi afastado da empresa para a qual presta serviços. Ele trabalhava como médico cooperado no Instituto de Ginecologia e Obstetrícia do Amazonas (Igoam), parceiro da Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam). O médico Armando Andrade Araújo, flagrado agredindo uma mulher gestante durante trabalho de parto no Amazonas, foi afastado da empresa para a qual presta serviços. Ele trabalhava como médico cooperado no Instituto de Ginecologia e Obstetrícia do Amazonas (Igoam), parceiro da Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam).

O caso aconteceu no hospital Balbina Mestrinho, em Manaus, em maio de 2018. No entanto, as imagens começaram a circular nas redes sociais apenas nesta semana. As informações são do UOL (assista ao vídeo abaixo) O caso aconteceu no hospital Balbina Mestrinho, em Manaus, em maio de 2018. No entanto, as imagens começaram a circular nas redes sociais apenas nesta semana. As informações são do UOL (assista ao vídeo abaixo)

O médico será indiciado por vias de fato e injúria. Ele deve prestar depoimento à polícia na semana que vem. O médico será indiciado por vias de fato e injúria. Ele deve prestar depoimento à polícia na semana que vem.

No vídeo, Andrade fala para parturiente descer mais para ficar próxima dele e ela reclama de cãibra na perna. No vídeo, Andrade fala para parturiente descer mais para ficar próxima dele e ela reclama de cãibra na perna.

Quando uma enfermeira vai fazer uma massagem, a sogra da jovem diz que ela não tem condições de ter um parto normal e, chorando, pede para que seja feita uma cesariana. O médico nega e a mulher diz que vai “chamar a imprensa”. “Pode chamar quem for, pode chamar. É bom que eles veem que ela não ajuda”, responde o médico. Quando uma enfermeira vai fazer uma massagem, a sogra da jovem diz que ela não tem condições de ter um parto normal e, chorando, pede para que seja feita uma cesariana. O médico nega e a mulher diz que vai “chamar a imprensa”. “Pode chamar quem for, pode chamar. É bom que eles veem que ela não ajuda”, responde o médico.

Após a discussão, o médico se exalta e bate na região da virilha da paciente. Ela começa a chorar e alguém faz o exame de toque para medir a dilatação. Após a discussão, o médico se exalta e bate na região da virilha da paciente. Ela começa a chorar e alguém faz o exame de toque para medir a dilatação.

Uma parente da adolescente, que pediu para não ser identificada, contou ao UOL que deram ocitocina sintética e outros medicamentos à menina para acelerar as contrações. Uma parente da adolescente, que pediu para não ser identificada, contou ao UOL que deram ocitocina sintética e outros medicamentos à menina para acelerar as contrações.

“Não acredito que foi agressão, foi tortura. Ela já estava fraca, com cãibra na perna e ninguém fazia nada…Ela falou que nem quer mais ter filhos, porque fica aquele trauma”, afirmou a familiar ao portal. “Não acredito que foi agressão, foi tortura. Ela já estava fraca, com cãibra na perna e ninguém fazia nada…Ela falou que nem quer mais ter filhos, porque fica aquele trauma”, afirmou a familiar ao portal.

A família registrou o boletim de ocorrência na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher apenas nesta quarta-feira (20), depois que as imagens se tornaram públicas. Eles não sabem quem foi o responsável pela divulgação do vídeo e dizem que não tinham acesso a ele. A família registrou o boletim de ocorrência na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher apenas nesta quarta-feira (20), depois que as imagens se tornaram públicas. Eles não sabem quem foi o responsável pela divulgação do vídeo e dizem que não tinham acesso a ele.

A adolescente foi ouvida pela delegada Débora Mafra. Segundo ela, a menina ficou com dificuldades para andar, porque o médico colocou as mãos tentando abrir a vagina dela para tirar o bebê. A adolescente foi ouvida pela delegada Débora Mafra. Segundo ela, a menina ficou com dificuldades para andar, porque o médico colocou as mãos tentando abrir a vagina dela para tirar o bebê.

Como a violência obstétrica não é um crime previsto na lei brasileira, “são analisadas condutas criminosas que são tipificadas pelo código penal”, explica a delegada. Segundo ela, o médico já tinha contra ele cinco denúncias de casos parecidos feitas desde 2013. Como a violência obstétrica não é um crime previsto na lei brasileira, “são analisadas condutas criminosas que são tipificadas pelo código penal”, explica a delegada. Segundo ela, o médico já tinha contra ele cinco denúncias de casos parecidos feitas desde 2013.

Polícia investiga coação

Polícia investiga coação

Polícia investiga coação

As autoridades também investigam um suposto episódio de coação, em que uma mulher se dizendo secretária do médico, teria ligado para uma vítima e oferecido dinheiro para que o caso não fosse levado adiante. As autoridades também investigam um suposto episódio de coação, em que uma mulher se dizendo secretária do médico, teria ligado para uma vítima e oferecido dinheiro para que o caso não fosse levado adiante.

Armando Araújo foi preso em 2015 durante a Operação Jaleco Branco, suspeito de integrar uma quadrilha que extorquia mulheres para fazer partos e outros procedimentos em hospitais públicos de Manaus. Armando Araújo foi preso em 2015 durante a Operação Jaleco Branco, suspeito de integrar uma quadrilha que extorquia mulheres para fazer partos e outros procedimentos em hospitais públicos de Manaus.

Ele foi condenado a dois anos de prisão, mas teve a pena convertida em prestação de serviço à comunidade, segundo o Ministério Público do Estado do Amazonas. Ele foi condenado a dois anos de prisão, mas teve a pena convertida em prestação de serviço à comunidade, segundo o Ministério Público do Estado do Amazonas.



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