Menos de 4% recebem a segunda dose da vacina contra HPV no Piauí

O índice muito baixo poderia ser explicado pela falta de registro dos municípios. Segunda dose é imprescindível para garantir a efetividade da vacina

Vacina | Reprodução
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Com o público-alvo formado por 88 mil meninas entre 11 e 13 anos, a segunda dose da vacina contra o vírus HPV atingiu apenas 3,5% da meta no Piauí durante o mês inicial da campanha, o que corresponde a pouco mais de 3 mil imunizações. Tomando como base os índices da primeira dose, os dados decepcionam, já que na ocasião foram vacinadas 77,3 mil meninas, alcançando 87,7% da cobertura estipulada.

Segundo a coordenadora de imunização da Sesapi (Secretaria de Saúde), Doralice Lopes, o desempenho aquém do esperado pode ser explicado pelo fato que alguns municípios ainda não teriam repassado os dados para o sistema.

“Nós acreditamos que muitos deixaram de passar essa coleta de informações, então, os números devem ser maiores”, afirma. Apesar desta possibilidade, o órgão reforça a importância da realização do procedimento.
“Fizemos uma reunião há poucas semanas com os municípios e também já está previsto para o final de outubro um plano de novas ações, até mesmo visando a preparação para as outras campanhas que serão desenvolvidas”, detalha.

A vacinação é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. É um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença. Em relação ao câncer de colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4.800 óbitos.

Temor nos efeitos colaterais

Lopes desmente que ocorram graves efeitos colaterais e aponta para casos isolados, de caráter psicológico em sua maioria. “Os casos em que algumas meninas apresentaram problema, foram em apenas uma escola, sendo que o lote aplicado lá foi usado em outros lugares e nada aconteceu, o Ministério da Saúde trabalha que houve um transtorno de ansiedade pós-vacinação”, diz. Desse modo, a vacinação é segura e os pais não devem se preocupar.

“A vacina é a principal forma de prevenção ao câncer do colo de útero, não se pode temer, os efeitos colaterais não fogem daqueles já tradicionais”, explica.
A coordenadora de imunização, contudo, revela que alguns municípios tiveram problemas em relação à falta de informação, tornando necessária uma ação eficiente de conscientização. “Nos ligaram dizendo que tinham esse problema, os responsáveis tinham medo de deixar as filhas se vacinarem, temos que transmitir a constatação de que não há perigo na imunização, ela só traz benefícios”, complementa.

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