Militar da Aeronáutica mata mulher e vizinho homossexual por ciúmes

Os dois foram assassinados a tiros, no prédio onde o militar é síndico

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Justiça do Distrito Federal decidiu manter preso, por tempo indeterminado, o militar da reserva da Aeronáutica, Juenil Bonfim de Queiroz, de 56 anos. Ele foi detido, em flagrante, na noite desta quarta-feira (12), depois de matar a mulher e um -vizinho, na região do Cruzeiro. Com informações do G1.

Os dois foram assassinados a tiros, no prédio onde o militar é síndico. A determinação de transformar a prisão em preventiva foi dada pela juíza Maria Cecília Batista Campos, durante audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (13).

Juenil disse que atirou na esposa e no ex-vizinho, por ciúmes. O militar suspeitava que os dois tivessem um caso, no entanto, o homem mantinha um relacionamento homoafetivo há mais de cinco anos e o companheiro dele presenciou a morte das vítimas.

Francisca Naíde de Oliveira Queiroz, de 57 anos, foi atingida por pelo menos quatro disparos, segundo a polícia, e morreu na hora. Francisco de Assis Pereira da Silva, de 41 anos, foi atingido com um tiro na cabeça. Ele chegou a ser levado para o Hospital de Base, em Brasília, mas não resistiu.

Francisco estava no prédio com o companheiro, visitando amigas. Os dois moraram no local durante dois anos e se mudaram há 10 meses. Francisca conhecia o casal.

Segundo depoimento à polícia, Juenil chamou Francisco "para conversar sobre a situação", ou seja, sobre o suposto relacionamento dele com sua esposa, Francisca. No apartamento da família, o sargento da reserva atirou na mulher – com quem era casado há 32 anos – e no ex-vizinho.

"Ao indagar os dois sobre a traição, eles negaram. Juenil disse que, nesse momento, se descontrolou, pegou o revólver e atirou. Primeiro contra Francisco e depois contra a mulher", diz o boletim de ocorrência.

Elevada periculosidade e frieza

Na ata da audiência de custódia, a juíza Maria Cecília Batista Campos destaca que o crime “revela a elevada periculosidade do autuado”.

Segundo a magistrada, após realizar os disparos, Juenil teria tentado se justificar para o companheiro de Francisco, que também estava no apartamento.

"Tá vendo o que acontece com homem que mexe com mulher casada", teria dito Juenil.

Depois disso, conforme a ocorrência, o militar saiu do apartamento e foi para a área comum do prédio, onde permaneceu até a chegada da polícia. A atitude, segundo a juíza, "demonstra notória frieza".

Prisão em flagrante

Juenil Bonfim de Queiroz foi preso em flagrante, minutos após o crime. De acordo com a ocorrência, ele aguardou a chegada da Polícia Militar do DF que foi chamada por vizinhos e pelo companheiro de Francisco.

Na delegacia, o militar da reserva confessou o crime e disse que atirou contra a própria mulher e o vizinho porque "os dois teriam um caso".

Ele disse ainda que a arma usada é registrada. O caso é investigado como homicídio, feminicídio e crime relacionado à Lei Maria da Penha.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES