Mineira é 1ª brasileira candidata a prefeita de cidade dos EUA

Brasileira chegou nos Estados Unidos com sete anos de idade.

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Um caso inusitado acontecerá nesta terça-feira (26/09), em Framingham. Pela primeira vez, eleitores dos Estados Unidos poderão votar em um candidato a prefeito brasileiro. Isso porque a brasileira Priscila Sousa, de 29 anos, é um dos sete nomes possíveis na cédula.

Segundo informações, a mulher chegou no país com apenas sete anos de idade, junto com sua família. Só ganharia seu "green card" em 2004, aos 16 anos.

Depois disso fez o curso de Ciência Política no Simmons College, em Boston e foi aí que decidiu seguir o rumo da política.  Ela é candidata em uma das cidades com maior percentual de brasileiros nos Estados Unidos –cerca de 1.100 dos 43 mil eleitores vieram do Brasil. Segundo o censo de 2010, a cidade no Estado de Massachusetts tem 68 mil habitantes.

"Quero representar os brasileiros, mas não só. Quero fazer uma gestão que olhe para todos aqueles que não se sentem representados em Framingham hoje", disse Sousa à Folha, por telefone, enquanto percorria bairros do sul da cidade à véspera da votação.

Em 2012, a brasileira trabalhou na campanha de Barack Obama. Antes disso, assessorou uma deputada estadual. Registrada como democrata, ela não terá o partido designado na cédula, como nenhum de seus concorrentes.

"O ativismo através do cargo político nunca foi estranho pra mim", disse a brasileira, ao lembrar que a avó concorreu a vereadora em Ipatinga, Minas Gerais, quando ela era criança. "Quando cheguei nos EUA, me interessei pela história americana, e isso foi se desenvolvendo num interesse em saber como as coisas funcionavam."

Disputam com Sousa John Stefanini, que já serviu como ex-deputado estadual por cinco mandatos, a executiva do Museu da Ciência local Yvonne Spicer, o palestrante motivacional Josh Horrigan, o advogado Mark Tilden, o fuzileiro naval aposentado Ben Neves-Grigg e o ativista de direitos civis Dhruba Sen, de origem indiana.

Sousa diz não saber se a origem brasileira irá contribuir ou atrapalhar na hora da votação. "Vamos ver o tamanho da rejeição amanhã. De forma geral, Framingham é muito cabeça aberta", diz.

O fato de ser jovem e mulher, afirma, pode atrapalhar mais: "Você pode ser jovem e pode ser mulher, mas não pode ser jovem e mulher".

Ela, contudo, diz que pretende "abrir caminho" para a candidatura de outros brasileiros no futuro. "Esse também é um sentido que quero dar a esse momento."



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES