Ministro da Saúde da Bolívia é preso por compra de respiradores

Nesta quarta, o governo boliviano anunciou que irá congelar o pagamento dos 50% restantes na compra dos respiradores.

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O ministro da Saúde da Bolívia, Marcelo Navajas, foi detido nesta quarta-feira (20) por suspeita de irregularidades na compra de respiradores para pacientes de Covid-19 no país.

Ele foi afastado do cargo pela presidente interina do país, Jeanine Añez, para "evitar qualquer interferência no trabalho da Justiça", de acordo com a ministra da Comunicação, Isabel Fernández.

Segundo o jornal “La Razon”, investigadores selaram seu gabinete para que sejam realizadas buscas no local, como parte de uma investigação do Ministério Público.

De acordo com o diretor da Força Especial de Combate ao Crime (FELCC), Iván Rojas, Navajas está detido nas da FELCC na cidade de La Paz.

Rojas disse ainda a jornalistas que há outras pessoas presas e convocadas para testemunhar, mas não forneceu mais detalhes sobre o caso.

As supostas irregularidades se referem ao preço pago por 170 respiradores, que teriam sido comprados da empresa espanhola GPA Innova por US$ 27.683 cada, quando o preço de fábrica, sem custos de distribuição, seria de US$ 7.194.

Segundo o "La Razon", na segunda-feira Navajas negou a existência de uma sobretaxa na compra. Na terça, foram detidos Fernando Valenzuela, diretor geral de Assuntos Jurídicos do Ministério da Saúde, e Giovanni Pacheco, diretor geral da Agência de Infraestrutura de Saúde e Equipamento Médico (AISEM).

Dois funcionários do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que financiaram e endossaram a compra, também são investigados pelo Ministério Público boliviano.

Congelar pagamento

Nesta quarta, o governo boliviano anunciou que irá congelar o pagamento dos 50% restantes na compra dos respiradores. As autoridades também falaram em paralisar sua distribuição, renegociar o preço com o fornecedor e até chegar a um processo se não houver acordo.

"É necessário fazer um corte e um ajuste de contas com a empresa", afirmou o ministro da Justiça e Transparência Institucional, Álvaro Coimbra, em entrevista à rede Bolivisión.



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