Morador constrói muro para fugir de bala perdida

Morador constrói muro para fugir de bala perdida

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Moradores de Santa Teresa, no Rio, reclamam que edif?cios e resid?ncias transformaram-se em escudos de policiais nos confrontos com traficantes. Num dos pr?dios, alvejado por mais de 10 tiros, a solu??o encontrada por um dos moradores foi a constru??o de muros-barricadas para proteger-se das balas.

Um dos principais pontos de conflito entre a pol?cia e traficantes fica na rua Almirante Alexandrino, pr?ximo ao Pau da Bandeira, que possui vista para as favelas do Querosene, Fogueteiro e Fallet. Moradores contam que, em dias de confronto, os policiais usam as casas como barricada em vez de entrarem na favela. Um deles j? teve um dos c?modos atingidos por seis tiros. A resid?ncia, com vista para a Ba?a de Guanabara e que valeria mais de R$ 100 mil, n?o seria vendida nem por R$ 70 mil. Quem n?o se muda, protege-se como pode.

"Estou calculando o ?ngulo que as balas podem descrever para construir um muro de prote??o no quintal. Todo mundo aqui coleciona copos com proj?teis", conta um dos moradores, que n?o quis se identificar.

Tiro vira "estrela cadente"

Outra moradora desistiu de Santa Teresa depois de ter a sala atingida por dois tiros e ser assaltada duas vezes em frente de casa. Os assaltos s?o outro problema crescente no bairro - apesar de a 7? DP (Santa Teresa) ter sido eleita a terceira melhor delegacia do Brasil, segundo avalia??o da Ong Altus. O Instituto de Seguran?a P?blica (ISP), por?m, revela que a ?rea do 1? BPM (Est?cio), que abrange o bairro, registrou um aumento de 4% nos furtos entre janeiro e novembro. Um dos ?ltimos aconteceu na quinta-feira, quando oito pessoas foram v?timas de um arrast?o na Rua Monte Alegre.

"Quando me mudei para c?, ficava ? noite admirando a vista e me espantava com a quantidade de estrelas cadentes que passavam. S? depois me dei conta: eram, na verdade, balas tra?antes dos traficantes do morros da Coroa para o Querosene, comandado por uma quadrilha rival", conta um morador.

A Associa??o de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast) lista, al?m da Almirante Alexandrino, a Rua do Oriente, no Largo das Neves, como pontos risco. Os moradores, por?m, t?m medo de reclamar da a??o da pol?cia - e n?o sem raz?o. Em 2003, durante reuni?o com o comando do 1? BPM, moradores fotografaram a comunidade e informaram os pontos onde funcionavam bocas-de-fumo. A informa??o vazou e os bandidos alvejaram o edif?cio Rapos?o, que fica no alto da Almirante Alexandrino. Restou ao condom?nio fechar a ?rea da piscina.

"J? reclamamos diversas vezes dessas a?es da pol?cia. A princ?pio, eles entendem, mas, no primeiro confronto, voltam a colocar os moradores em risco", reclama o vice-presidente da Anast, S?rgio Amaral. "? um problema cr?nico porque, al?m de tudo, nosso bairro conta apenas com 10 policiais e duas viaturas no patrulhamento."

Procurada, a PM n?o respondeu. Mesmo bailes funk das comunidades s?o ignorados pela pol?cia. Ao reclamarem, os moradores ouvem dos policiais que, se forem ? favela, o inc?modo poder? ser pior. O ISP registra queda de 45% na apreens?o de drogas e 9% na de armas na regi?o do 1? BPM.



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