Moradores cobram iluminação pública no assentamento El-Shaday

No local vivem 132 famílias

Moreirão | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Moradores do assentamento El-Shaday, na zona rural de Teresina (PI), reclamam que estão há três meses pagando a taxa de iluminação pública sem ter acesso ao serviço. Com a escuridão das vias, comunidade relata a falta de segurança e o medo de acidentes.

De acordo com Eliseu Moreira, líder da Associação de Moradores e Microprodutores do El-Shaday, os postes de cimento foram colocados há quase 90 dias, mas sem as lâmpadas. "Já estamos pagando taxa de iluminação pública dentro do assentamento e não tem uma lâmpada colocada pela Prefeitura de Teresina", destaca Moreira.

A Associação encaminhou um ofício à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh), responsável pela instalação e manutenção da iluminação pública da capital piauiense, em que relata a falta do serviço à comunidade, mas ainda não obteve respostas.

Enquanto o problema se arrasta, Moreira lamenta o descaso com a comunidade que trabalha no assentamento. "O assentamento automaticamente se torna rota de desvio. É escuro, pessoas são assaltadas, tem o risco de acidentes", informa.

Atualização

Após a publicação da matéria do Jornal Meio Norteo secretário da Semduh, Edmilson Ferreira, e representantes da da Superintendência de Ações Administrativas Descentralizadas (SAAD) Sudeste visitaram o assentamento El-Shaday na tarde desta sexta-feira (9). Na ocasião, as equipes realizaram uma vistoria e o levantamento da quantidade de luminárias que serão destinadas ao assentamento. Em dois meses, de acordo com a SAAD Sudeste, a população terá ruas iluminadas com lâmpadas de LED durante a noite.

Moreira recebe representantes da Semduh e SAAD Sudeste no assentamento El-Shaday (Foto: Eliseu Moreira) 

El-Shaday

No assentamento El-Shaday vivem 132 famílias que dependem da produção e comercialização de hortaliças, frutas, plantas ornamentais e aves.

Os impactos gerados pela pandemia da Covid-19 também afetaram a renda da população do assentamento. As feiras, tradição da comunidade que atraía a população da cidade para o "turismo rural", foram interrompidas. 

Feira do assentamento El-Shaday em 2019 (Foto: Eliseu Moreira)

"Praticamente suspendemos a produção por falta de condições de receber as pessoas para vender e de levar o produto a elas, ou seja, existem famílias passando necessidade. Eu defendo que deveria ser feito um programa de prioridade de um auxílio a essas famílias e também prioridade da vacina contra a Covid-19 ao produtor. O produtor é quem coloca alimento saudável na mesa", pede Moreira.

De acordo com a Associação de Moradores e Microprodutores, mensalmente, as feiras chegavam a arrecadar R$ 10 mil com comercialização de produtos orgânicos e agroecológicos. Hoje, em meio à pandemia, a média mensal não ultrapassa a casa dos R$ 1.000 reais.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES