Motorista de caminhão é preso após acidente com mortes de repórter e cinegrafista no RS

Homem confessou uso de remédios para se manter acordado, diz delegado.

Seis carros, três da polícia e três da imprensa, foram atingidos ( | RBS
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O condutor do caminhão envolvido no acidente que causou na manhã desta sexta-feira (27) as mortes do repórter Enildo Paulo Pereira, o Paulão, e do cinegrafista Ezequiel Barbosa, da Rede Bandeirantes, na Serra do Rio Grande do Sul, foi preso em flagrante por duplo homicídio com dolo eventual ? quando o autor, mesmo que não tenha a intenção, assume o risco de produzir o crime. Segundo a Polícia Civil de Caxias do Sul, o suspeito está na Delegacia de Farroupilha, cidade onde ocorreu a colisão. O homem será encaminhado ao Presídio Industrial de Caxias do Sul.

O acidente ocorreu por volta das 6h no km 47 da RS-122, em Farroupilha. Segundo a Polícia Militar, um caminhão desgovernado atingiu três carros de veículos da imprensa e outras três viaturas da Polícia Civil em um local conhecido no estado como "curva da morte". Além das vítimas fatais, outras sete pessoas ficaram feridas.

O delegado Rodrigo Garcia, passageiro de uma das viaturas atingidas pelo caminhão, disse que o caminhoneiro confessou que estava sob efeito de um remédio para não dormir no momento da colisão. A declaração foi dada pelo motorista a policiais civis que estavam em um dos veículos atingidos pela carreta logo após a ocorrência, informou o delegado.

Segundo Garcia, os policiais encontraram duas cartelas de um medicamento usado para manter motoristas acordados por mais tempo. "Ele confessou no local que tomou os "rebites". Inclusive, encontramos o remédio no local. Estava claramente sob efeito de alguma droga. Fomos conversar com ele e não conseguia completar uma palavra", disse Garcia.

Emoção toma conta de funcionários da Bandeirantes

A notícia da morte do repórter e do cinegrafista no acidente que envolveu sete veículos na "curva da morte", na RS-122, chegou à redação da TV Bandeirantes, em Porto Alegre, às 6h30 desta sexta-feira (27), minutos depois do momento do choque na Serra. A emoção tomou conta de colegas e, durante toda a manhã, inúmeras mensagens de telespectadores foram enviadas à emissora. Eles estiveram na redação pela última vez na tarde de quinta-feira (26). Por volta da meia-noite eles saíram da capital gaúcha em direção a Caxias do Sul para acompanhar uma operação da Polícia Civil em comboio com outros carros da imprensa e viaturas.

O diretor-geral da TV Bandeirantes no Rio Grande do Sul, Leonardo Meneghetti, lamentou a perda dos profissionais que trabalhavam na edição local do programa Brasil Urgente. "A emissora irá prestar todo o apoio às famílias das vítimas", disse.

O jornalista Enildo Paulo Pereira, conhecido profissionalmente como Paulão, tinha 59 anos e trabalhava na TV Bandeirantes desde setembro do ano passado. Ele atuava em coberturas policiais há 17 anos, desde que começou a carreira em uma rádio em Tramandaí, no Litoral Norte. Paulão era casado e pai de três filhos. O cinegrafista Ezequiel Barbosa, de 27 anos, que dirigia o veículo da reportagem, também trabalhava há sete meses na Bandeirantes, era casado e não tinha filhos.



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