Motoristas e cobradores queimam pneus e interditam Avenida Marechal

Representantes do Sintretro e líderes comunitários e estudantis apresentaram nesta manhã as reivindicações para vereadores em uma reunião na sede da Câmara

fogo | Raissa Morais
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Líderes comunitários, estudantes e trabalhadores do sistema de ônibus de Teresina se reuniram, nesta terça-feira (24), em frente à Câmara Municipal como forma de protesto contra as propostas apresentadas pela Prefeitura da capital para sanar a crise do transporte público.

Integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro) interditaram uma das vias da Avenida Marechal Castelo Branco usando pneus e galhos queimados.  A categoria critica uma suposta orientação feita pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) que teria proposto ao Sintetro a demissão em massa de funcionários para adaptação às novas licitações de empresas de ônibus.

Agentes da Strans bloquearam a avenida na altura da rua Juliano Moreira, onde condutores de veículos e pedestres foram guiados a seguir em vias alternativas no sentindo Centro/Sul.

 Trabalhadores do transporte público queimam pneus e interditam avenida Marechal Castelo Branco - Foto: Raíssa Morais 

Nas dependências da Câmara Municipal, os vereadores Pollyana Rocha, Enzo Samuel, Deolino Moura, Zé Filho, Elzuila Calisto, Dr. Leonardo e Teresinha Medeiros foram convocados pela Comissão do Transporte e Sintetro para discussão da temática da mobilidade urbana. Em sua fala, o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, citou as propostas repassadas pela prefeitura e exigiu o posicionamento do poder legislativo municipal.

“A Strans queria que o Sindicato obrigasse os trabalhadores a pedirem as contas porque, segundo o pessoal da Strans, os contratos dos ônibus atuais seriam cancelados. Eu, como presidente do Sindicato, jamais vou convencer uma categoria de 25 anos de trabalho a deixar todos os seus direitos para trabalhar na informalidade, em uma empresa que ele sequer conhece” falou Antônio Cardoso, presidente do Sintetro.

No dia 11 de janeiro, a PMT divulgou que está elaborando um programa denominado "Passe Livre" para conceder à população vulnerável tarifa gratuita nos ônibus da capital.

Segundo Cardoso, a Strans almeja dar um pontapé em um sistema semelhante ao que ocorre no programa de transporte escolar dos municípios, cujos repasses financeiros correspondem à quilometragem cumprida. Outra tratativa em análise seria o transporte fretado, em que uma empresa de fretamento corporativo é contratada para realizar a locomoção diária de passageiros.

"Não estamos aqui para protestar contra a gratuidade para pessoas vulneráveis, se fosse algo que fosse bom para todos, seria ótimo. Mas essa medida não surgiu para resolver o problema das péssimas condições de trabalho e da falta de ônibus, foi enganação. Disseram que iriam repassar um investimento de R$ 150 milhões nessas mudanças, isso é para quem? Serão ônibus sucateados, usados e insuficientes. Não tem mais o que fazer, mas nós vamos tomar atitudes drásticas a partir de amanhã”, destacou.

Motoristas e cobradores queimam pneus e interditam Avenida Marechal - Foto: Raíssa Morais

O vereador Luiz Lobão (MDB) abordou a revitalização do sistema Inthegra como um dos meios para mudar a situação do transporte público na cidade. “Há muito tempo que a população está passando por isso e temos que chamar a atenção do prefeito Dr. Pessoa, porque ele tem que resolver isso. Temos que nos sentar, rever planos de transportes, revitalizar o Inthegra e os terminais de ônibus e tomar atitudes consistentes com os empresários do transporte”, falou.

Enzo Samel (PDT), presidente da Câmara Municipal de Teresina, registrou que a capital vive sua pior crise de mobilidade urbana. “Vamos acompanhar de perto e entender o que está acontecendo com a nossa cidade. O que a gente sabe é que, de fato, Teresina vive sua pior crise no sistema de transporte público em toda a sua história. Teremos que dialogar e cobrar ações da prefeitura”, contou.

O vereador Dudu (PT) criticou as empresas de ônibus e pediu para que mais vereadores assumam posições em defesa aos trabalhadores que estão lidando com ameaças de demissão. “Desde a conclusão da CPI do Transporte, em 2021, eu defendo que esse esse sistema de transporte e as empresas não estão se importando com os trabalhadores. Cabe a nós darmos os passos seguintes e resolver essa situação. O nosso compromisso é que ninguém vai ser demitido”, disse.

Motoristas e cobradores queimam pneus e interditam Avenida Marechal - Foto: Raíssa Morais

Motoristas e cobradores queimam pneus e interditam Avenida Marechal - Foto - Raíssa Morais

Motoristas e cobradores queimam pneus e interditam Avenida Marechal - Foto: Raíssa Morais 

Motoristas e cobradores queimam pneus e interditam Avenida Marechal - Foto: Raíssa Morais



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