Mulher negociou morte do marido no Whatsapp por R$ 60 mil, diz delegado

O empresário Toni da Silva Flor, que morreu aos 38 anos, e a então esposa, Ana Cláudia Flor

Ana Claudia | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O assassinato do empresário Toni da Silva Flor, de 38 anos, morto ao ser alvejado a tiros quando chegava a uma academia em Cuiabá, em 11 de agosto do ano passado, foi articulado por meio de videochamadas feitas no aplicativo WhatsApp entre três suspeitos do crime, que também teriam acordado o valor de R$ 60 mil pela morte dele, segundo o delegado Marcel Oliveira, da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa de Cuiabá), responsável pelas investigações do crime.

A representante comercial Ana Cláudia Flor, que era casada com Toni, foi presa temporariamente na quinta-feira (19), em Cuiabá, após investigações da PC-MT (Polícia Civil de Mato Grosso) suspeitarem que ela seria a mandante do crime. Ela nega a participação no crime. A polícia disse que o empresário foi assassinado porque teria descoberto que estava sendo traído e também porque a mulher queria ficar com os bens dele. 

Ana Claudia e Toni da Silva Flor (Foto: redes sociais)

Toni da Silva Flor foi abordado ainda no estacionamento de uma academia, no bairro Santa Teresa, por um homem, que o chamou pelo nome. O empresário não chegou a responder e já foi atingido por cinco tiros de arma de fogo, segundo a polícia. Mesmo ferido, ele conseguiu correr para dentro da academia, chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal de Cuiabá, foi submetido a uma cirurgia, mas morreu dois dias depois.

 Também na quinta-feira, a polícia cumpriu três mandados de prisão temporária, incluindo a prisão de Ana Cláudia, e cinco mandados de busca e apreensão expedidas pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Foram apreendidos aparelhos de telefone celular, agendas e outros objetos que subsidiarão a continuidade das investigações sobre o crime.

 A polícia afirmou que o assassinato de Toni da Silva Flor foi elucidado depois da prisão de Igor Espinosa, de 26 anos, na semana passada. O preso confessou durante a oitiva ter atirado e matado o empresário a mando de Ana Cláudia Flor, e que após o crime fez uma videochamada para informar o atentado contra a vítima, disse a Polícia Civil.

Ana Claudia e Toni da Silva Flor (Foto: reprodução)

"O crime foi acertado por uma videochamada entre dois intermediários e a mandante, onde ficou acertado o valor de R$ 60 mil pela morte do empresário. Parte do valor, R$ 20 mil, foi pago após o crime a um dos intermediários, sendo entregue em um envelope, nas proximidades do bairro Alvorada e posteriormente passados ao executor, que viajou com o dinheiro para o Rio de Janeiro".

 O preso relatou que um amigo de Ana Claúdia, que não teve o nome divulgado, entregou uma arma de fogo para matar o empresário e, depois, esse intermediário se desfez da arma ao jogá-la no lago do Manso. "O restante do valor combinado pela empreitada criminosa não foi pago", disse a polícia. Das suspeitas à prisão O delegado Marcel Oliveira destacou que desde o início das investigações havia a suspeita de que mulher do empresário seria a mandante do crime, no entanto "era necessário reunir os elementos que corroborassem para as informações anônimas". 

O delegado afirmou que Ana Cláudia ia regularmente à delegacia para saber como estavam as investigações e sempre perguntava se já havia sido descoberto o mandante do crime. Imagem: Reprodução/Facebook A polícia afirmou investigações apontaram que a mulher do empresário teria dois motivos para encomendar o crime. O primeiro deles é que ela teria muitos amantes, e o marido havia descoberto as traições.

 A outra suspeita é que ela teria intenção de herdar os bens do empresário, "uma vez que a vítima possuía uma representação comercial muito forte, abastecendo vários supermercados da cidade, ser financeiramente estável e possuir casa, carro, moto, dinheiro na poupança, etc", ressaltou a polícia.

 Oliveira destacou que, mesmo com a confissão dos demais envolvidos, que apontaram Ana Cláudia como mandante do assassinato, a investigada negou o envolvimento dela no crime. Ela negou tudo que foi perguntado. Negou que conhecia os três e as investigações seguem em andamento. 

As prisões são temporárias, mas com a conclusão dos trabalhos deverão ser convertidas em preventivas" Nas redes sociais, Ana Cláudia Flor escrevia declarações amorosas ao marido e fazia homenagens póstumas em datas importantes, como o Dia dos Namorados. 

"Estaremos sempre juntos, de uma maneira ou de outra, nada irá nos separar. Seja nas orações, nos pensamentos, recordações, irei guarda-lo sempre em mim, meu eterno amor!", escreveu Ana Cláudia em uma publicação no Instagram. Em outra publicação, cinco meses após a morte de Toni Flor, Ana Claudia afirmou que sentia falta dele e que estava com saudades.

 "Nesses cinco meses sem você, eu experimentei a dor maior que o ser humano pode conhecer: a saudade. Senti e sinto sua falta todos os dias e todas as noites, em todos os instantes", escreveu Flor. Ela tinha 30 mil seguidores no Instagram, mas depois da repercussão do caso, com a prisão dela ontem, o perfil foi apagado.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES