Mulher tem fotos roubadas e usadas em perfil que vendia programas

Ela fez uma publicação em sua rede social alertando sobre o perfil fake no aplicativo Tinder.

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Uma mulher teve sua imagem atrelada a um aplicativo de namoro com um perfil falso que cobrava R$ 350 por uma noite sem limites. A administradora Juliane Leite foi pega de surpresa ao receber de uma amigo prints de um perfil no Tinder com o nome Bruna, porém, nas fotos estava a administradora. As imagens foram extraídas do seu perfil do Instagram, que é privado. As informações são do Extra. 

Ela fez uma publicação em sua rede social alertando sobre o perfil fake no aplicativo Tinder e rapidamente recebeu mensagens de outras pessoas dizendo que também tinham visto a página.

— Quando descobri o perfil no aplicativo, eu gelei. Fiz o alerta no meu instagram e descobri que outras pessoas também viram. Passei dias sem dormir tentando entender por que uma pessoa seria capaz de fazer isso, desabafou.

Reprodução

Juliane Leite procurou a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) para registrar a ocorrência, mas segundo ela, o policial que a atendeu disse não ser possível fazer o procedimento, já que, segundo ele, não havia indícios de crime.

— O policial disse que não era crime porque não estava sendo usado meu nome, e que, por isso, não poderia fazer nada. Isso me deixou mais triste e desacreditada com a segurança desse país. Mas não desisti, ressaltou.

Sobre o ocorrido, a vítima relatou que o maior prejuízo recebido com o episódio foi pelo filho de 7 anos, e pelas pessoas que não a conhecem a fundo. Juliane disse temer que sua imagem tenha sido denegrida.

— Tenho uma família e uma história. E espero que nenhuma outra mulher passe por isso. Por esse motivo resolvi compartilhar esse episódio e, apesar de ter dito estar arrependido, esse rapaz precisa pagar pelo que fez.

Vítima descobre que o criador de perfil fake estava entre seus amigos do Instagram

A vítima chegou ao suspeito por meio do seu próprio perfil do Instagram. De acordo com ela, um usuário que sempre visualizava suas postagens despertou a suspeita. A administradora conta que a mesma pessoa já havia enviado fotos de conteúdo erótico para ela por outra rede social.

— Vi que um rapaz foi o primeiro a visualizar algo que publiquei e lembrei do rosto dele em uma mensagem que eu já havia recebido meses atrás no meu Twitter, dele nu, mostrando as partes íntimas. Isso me despertou algo e eu associei, revela.

Ao visitar o perfil do suspeito, Juliane encontrou as mesmas informações que constavam na página do Tinder que usava suas fotos, como cidade e faculdade cursada. A partir daí, a administradora, certa de que tinha encontrado o culpado, foi até a 52ª DP (Nova Iguaçu), onde conseguiu fazer o registro de ocorrência.

Reprodução/Instagram

— Eu não tenho inimigos então não via opções de alguém fazer isso comigo se não, por pura doença. Eu mantive a calma e deixei ele no meu Instagram.

Após sair da delegacia com o boletim em mãos, a vítima fez uma publicação em sua rede social entregando o perfil do suspeito.

— No mesmo momento em que eu recebi o registro em mãos, eu postei no meu Instagram marcando o garoto que fez essa barbárie comigo. Em seguida ele confessou o que tinha feito e eu compartilhei no Twitter.

Como evitar crimes virtuais

Welington Ávila, professor de Cybersecurity IBMR, dá dicas de como se proteger de possíveis crimes virtuais.

— Evitar foto padrão 3x4 nas redes sociais por isso facilita na confecção de documentos falsos, imagens de menores com pouca roupa, check-in em momento real, e, no caso do crime contra Juliane, evitar adicionar pessoas desconhecidas nas redes sociais, manter a conta privada e verificar a veracidade das informações.

— Não acredite em tudo que se lê, não se exponha muito para não dar chance a uma perseguição virtual, alertou.

O advogado criminalista Patrick Berriel diz que mesmo sem provas de crime, Juliane, e qualquer outra vítima pode pedir a retirada imediametamente do perfil no aplicativo. O acusado, caso seja confirmado a autoria, pode pegar de 1 a 5 anos de prisão por crime de falsidade ideológica cabendo prisão preventiva.

— Cabe também a delegacia apurar se houve crime de estelionato, se ele conseguiu dinheiro por lesar alguém, esclareceu.

O advogado informou ainda que a vítima pode pedir na justiça reparação de dano moral por uso indevido da imagem.



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