Noiva que brigou com costureiro diz que é feliz no casamento

A briga que levou Tiziana Migani Macharoto a entrar na Justi?a contra o costureiro Guilherme Guimar?es, que atrasou a entrega do vestido de noiva no dia do casamento, n?o se encerra com a decis?o da primeira inst?ncia que fixou uma indeniza??o de R$ 8 mil. A ent?o noiva, que j? anunciou que vai recorrer, avisa a quem interessar: apesar da cerim?nia conturbada, um ano e nove meses depois, est? feliz no casamento.

O G1 tentou entrar em contato com o costureiro. A advogada Alice Moreira Franco, que representa Guilherme Guimar?es, disse que j? deixou v?rios recados na sua resid?ncia, mas ele ainda n?o retornou as liga?es. O costureiro, segundo ela, n?o usa celular.

Faltou pedido de desculpas

O que aborrece Tiziana ? o fato de o costureiro nunca ter se desculpado pessoalmente pelo transtorno. Em entrevista ao G1, ela disse que sentiu falta de um pedido de desculpa por ter enfrentado tantos problemas no dia do seu casamento:

?Pra mim, errar todo mundo pode errar. O que fiquei mais chocada foi o depois. Ele n?o me ligou, nunca apareceu e n?o se desculpou. No dia seguinte, mandou uma carta para minha tia, uma das melhores clientes dele, se desculpando com ela. O que eu queria que ele tivesse feito, ele n?o fez, que era se desculpar comigo e com a minha m?e?, lamenta.

No ?Dia D?, a ent?o noiva conta que ficou raiva e, para ela, o problema n?o foi o fato do vestido n?o ter ficado pronto, mas, sim, o atraso na entrega, causado pelo ?sumi?o? do costureiro no dia. O cerimonialista da festa, o motorista e sua ajudante pessoal tiveram que ir ao hotel onde Guilherme costuma se hospedar, mas ele n?o estava l?.

?O que interessa ? o atraso. A bainha e a casa dos bot?es n?o estavam prontos e foram ajeitados no meu corpo, mas isso ? irrelevante perto do atraso do vestido. O costureiro falou que o vestido chegaria ?s 18h, mas s? foi aparecer ?s 22h.? Ela diz que na hora pensou em cancelar a festa ou ir com outro vestido.

Noivo chegou a pensar que ela tinha desistido

Segundo ela, o transtorno com o atraso acabou gerando uma sucess?o de problemas: as fotos antes da cerim?nia n?o foram feitas; ela teve que se arrumar ?s pressas, sem a ajuda do profissional; e algumas pessoas deixaram de prestigiar a cerim?nia.

?Alguns convidados come?aram a ficar desconfiados que eu tivesse desistido de casar. Meu noivo achou que n?o ia ter casamento. Come?ou uma confus?o, todo mundo perguntava o que estava acontecendo.?

Tentando despistar, a cerimonialista ainda tentou driblar a desconfian?a dos convidados e improvisou um coquetel para acalmar os ?nimos. ?Muitos convidados eram mais velhos e tinham que ficar em p?. N?o tinha um coquetel programado. O sal?o onde seria servido o jantar estava fechado e s? seria aberto ap?s a cerim?nia. No in?cio, tentaram esconder o atraso, mas depois n?o dava mais.?

Ela acha mesmo que o vestido n?o deveria ser cobrado, como aconteceu. ?Seria muita cara de pau se ele me enviasse a nota para eu pagar. O vestido quase n?o chegou e acabou chegando como eu n?o queria. Eu n?o queria um vestido de gra?a nessas condi?es. Preferia pagar o dobro e n?o passar pelo que passei.?

Tiziana n?o esconde a decep??o com o valor arbitrado como indeniza??o pela ju?za da 17? Vara C?vel da Capital. ?Nossos advogados v?o recorrer. Como ele pode ser condenado a pagar R$ 8 mil de indeniza??o se cobra R$ 13 mil por um vestido. N?o ? justo.?

Ela concorda que o valor pedido - R$ 150 mil - ? alto, mas foi uma decis?o tomada em conjunto com os advogados. "Ele acha que quero enriquecer com o processo, mas se precisasse de dinheiro n?o teria feito o vestido com ele", defende-se.

Morando atualmente em S?o Paulo, Tiziana, de 24 anos, j? tem um filho. Reza a lenda que todo noivo que v? a futura mulher de vestido de noiva ter? azar no casamento. Mas e quando a cerim?nia ? uma sucess?o de imprevistos e o vestido n?o fica pronto a tempo? Segundo a jovem esposa, os momentos de ang?stia ficaram no passado. O infort?nio n