Núcleo de Estudos da UFPI oferece suporte e acesso à saúde

Nesp abrange pesquisas,apoia congressos locais e movimentos sociais

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Aos poucos, as pesquisas acadêmicas procuram diagnosticar questionamentos relacionados à saúde, como acesso ao Sistema Único de Saúde (Sus), e assim efetivar soluções concretas. Nesse contexto, o Núcleo de Estudos em Saúde Pública (Nesp) formado por docentes, pesquisadores e técnicos com especialização, mestrado e doutorado da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) fomenta e desenvolve estudos a fim de contribuir para estratégias voltadas as demandas de saúde de toda população.

O Nesp abrange pesquisas, apoia congressos locais e movimentos sociais, além de oferecer cursos de especialização de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, com apoio do Ministério da Saúde (Mec) e implantação do Centro Regional de Referência em Educação Permanente para o Enfrentamento de Álcool, Crack e Outras Drogas (CRR), através da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).

Ainda, agrega áreas de Medicina, Enfermagem, Nutrição, Odontologia, Educação, Serviço Social, Educação Física e Farmácia. É formado por 10 docentes coordenadores de projetos em Teresina, Parnaíba e Picos, além de cerca de 15 professores pesquisadores convidados e profissionais externos vindos através de parcerias.

José Ivo dos Santos Pedrosa, médico, docente do curso de Medicina da Ufpi e gerente do Nesp, afirma que a iniciativa é um lugar de estudos e tenta buscar o novo. “Queremos criar o antes não pensado. Assim, aproveitamos os editais que são lançados para termos recursos e desencadear ações”, afirma.

O Núcleo foi instituído na Ufpi no final da década de 80. A princípio, tinha como objetivo servir de suporte para o recém-implantado Sus. Com isso, o Núcleo iniciou a formação de planejadores estratégicos, além de agregar movimentos sociais e atender a gestores municipais.

Além de desenvolver cursos de planejamentos estratégicos, administração, serviços de saúde, capacitação de conselheiros e organização de conferências municipais de saúde, os profissionais responsáveis pelo Núcleo perceberam outras necessidades. O professor José Ivo Pedrosa conta o início do caráter social da iniciativa. “O papel dos NESPs de todo o Brasil começa a ser definido não somente na formação de pessoas, mas também no desenvolvimento de pesquisas e apoio aos movimentos sociais”, destaca.

Nesp qualifica estudantes para pesquisas

Estabelecendo os resultados das pesquisas, o Nesp pretende garantir direito da saúde a todos. Assim, o professor José Pedrosa afirma que, após a identificação dos problemas, o s profissionais procuram quais são as possibilidades podem ajudar, e verificam as fraquezas dos profissionais de saúde.

“Nossas pesquisas nos orienta para que o Sus cumpra o serviço e que consiga absorver todas as possibilidades de gêneros possíveis. Por isso, nossa contribuição é identificar o que precisa ser fortalecido para que o sistema de saúde cumpra seus objetivos”, afirma.

Além disso, os profissionais supervisionam o programa Mais Médicos, projeto que tem como objetivo universalizar o direito a saúde. O Piauí conta com cerca de 250 médicos intercambistas distribuídos em todos os estados. Assim, o Nesp com 30 supervisores que visitam médicos com intuito de verificar como estão sendo feitos os trabalhos.

“Já constamos o aumento do número de consultas médicas, visitas domiciliares feitas por médicos, além da procura de mulheres no exame de prevenção de colo de útero”, destaca José Ivo.

Os discentes da Ufpi também contam participação no Núcleo, dentre eles o Grupo de Estudos em Saúde Pública (Gesp), onde os estudantes participam e organizam congressos, dentre outras atividades. Além de duas iniciativas. “O Estágio de Vivência VER-SUS, onde estudantes se organizam tem o apoio do Mec e do nosso apoio técnico, eles passam 15 dias vivenciando o que é ter uma gestão municipal. E também finalizamos o Vivência Estágio nos Movimentos Populares”, relata.

Referência em pesquisas relacionadas à saúde

Hoje, o Nesp é referência em pesquisas relacionadas à saúde, principalmente acesso à saúde e direitos para populações excluídas. Dentre eles, José Pedrosa afirma que já foram realizadas pesquisas sobre Análise da Situação de Saúde no Piauí; Pesquisa sobre o Desenvolvimento e Evasão dos Estudantes no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); Pesquisa sobre Sexualidade em Adolescentes, dentre outras.

Recentemente, o Núcleo trabalha pesquisas de cunha amplo e contam com participante de projetos nacionais. São eles, Pesquisa Nacional de Avaliação da Melhoria da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB); Programa de Aprimoramento de Agentes Comunitários de Saúde, Programa de Educação do Trabalho (Pet) e Pesquisa Nacional LGBT.

José Pedrosa destaca duas pesquisas. “A Pesquisa Nacional LGBT pretende analisar o acesso e qualidade ao Sus destinado a população de lésbicas, gays, transexuais, transgêneros e travestis. E o Pet consta resultados muito satisfatórios que nos deixa muito felizes”, conta.

Ainda, o Nesp trabalha questões de responsabilidade política. “Vai acontecer a 15º Conferência Nacional de Saúde e será um momento crucial, por isso nós lutamos pelo acesso a saúde como direito. O Piauí tem a obrigação de começar a expandir essas conferências para que outras necessidades cheguem”, avalia.



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