O que o Brasil espera do seu novo Congresso, Por José Osmando de Araújo

Aguarda-se que esse Congresso seja tomado pela compreensão de que o Brasil merece se reencontrar consigo mesmo

Deputados eleitos tomam posse nesta quarta-feira | div
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Por José Osmando Araújo

O Congresso brasileiro assume, neste dia 01 de Fevereiro, mais uma legislatura, sendo a Câmara pela totalidade dos seus integrantes, todos eleitos ou reeleitos em 02 de Outubro de 2022, e o Senado empossando 1/3 da sua composição, também renovado na mesma data. 

O que os brasileiros poderão esperar da atuação dos seus parlamentares, em que eles poderão contribuir para melhorar as condições estruturais do país, atuar no aperfeiçoamento das nossas instituições, e oferecer maior bem-estar à população brasileira, sejam eleitores ou não? 

Deputados eleitos tomam posse nesta quarta-feira 

PAÍS FRATURADO 

A rigor, questões de difícil compreensão, partindo-se de alguns pontos essenciais. O primeiro, é que o resultado das urnas revelou um Congresso bastante conservador, sobretudo o Senado, em que se faz bastante nítida esta característica; depois, que esse congresso a ser amanhã empossado é fruto de um acirramento político jamais visto na nossa recente história, espelhando um país fraturado, aparentemente sem interesses comuns. 

ORÇAMENTO SECRETO 

Os mais de 57% dos deputados federais reeleitos, carregam, assim, esse DNA do acirramento e da divisão e, mais ainda, de uma Câmara que se tornou mais reconhecida pelo polêmico e pouco elogiável denominado orçamento secreto, do que por sua capacidade de realizar reformas essenciais ao desenvolvimento do país e melhoria de vida de sua população. 

ARTHUR LIRA 

Na Câmara, que a partir de agora não mais contará com o “orçamento secreto”, tornado inconstitucional por decisão apertada (5X4) do STF, conta-se como certa a reeleição do deputado Arthur Lira para a presidência da Casa. Se de fato isso acontecer, fica evidente a capacidade de articulação desse parlamentar, que administrou a Câmara com o poder do polêmico orçamento, distribuído a granel entre os parlamentares, sai da condição de aliado importante do ex-presidente da República e agora recebe apoio quase universal, aí incluídos os que levaram Lula à Presidência.

QUARTO TURNO 

Já no Senado o quadro parece ser outro. Embora ainda considerado favorito no seu intento de ser reeleito presidente da Casa, o senador Rodrigo Pacheco não conta com tanta facilidade. Ali parece claro que Bolsonaro e seus seguidores resolveram disputar o quarto turno da eleição presidencial.  

Depois de derrotados nas urnas de 30 de Outubro, os bolsonaristas intentaram um terceiro turno, que se deu na forma de golpe, fora das linhas da política da civilidade, com violência e depredações, quando os vândalos de 08 de Janeiro  tomaram as ruas de Brasília e ocuparam - com repugnante capacidade de destruição- , as sedes do Palácio do Planalto, da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal. 

ROGÉRIO MARINHO 

Fracassados nos seus objetivos do terceiro turno, parecem ter encontrado no senador potiguar Rogério Marinho a chance do quarto turno, na esperança de se mostrarem vivos na política, mantendo aceso o projeto do governo da extrema direita. 

RETOMADA DO TRABALHO 

Espera-se algo maior. Aguarda-se que esse Congresso seja tomado pela compreensão de que o Brasil merece se reencontrar consigo mesmo, dando ao povo possibilidades de reformas necessárias, da retomada do trabalho e da paz.



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