Operação: “Quadrilha pretendia exportar medicamentos”, diz Fábio Abreu

A investigação foi iniciada a partir da denúncia de um hospital do Piauí, que percebeu ter adquirido medicamento falsificado para tratamento de câncer.

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Durante entrevista coletiva para a imprensa, no início da tarde desta terça-feira (17), o Secretário de Segurança do Piauí, Fábio Abreu, deu mais detalhes sobre a Operação Sanitatem, deflagrada na manhã de hoje, através da Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR),  nas cidades de São Paulo-SP, São Caetano do Sul-SP e Cotia-SP.

Cinco mandados de prisão temporária e dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra empresários, colaboradores e empresas do ramo de medicamentos falsificados para tratamento de câncer. A operação, segundo o secretário, é fundamental para coibir a ação imediata da quadrilha, evitando assim, que mais pessoas sejam prejudicadas. "Para evitar que mais pessoas sejam prejudicadas ou até mesmo mortas, nós decidimos deflagrar logo a operação com as prisões e as buscas em laboratórios, para que possamos confirmar e ter uma ideia maior do alcance desta quadrilha", disse Fábio Abreu na coletiva. 

Ascom

Além dos policiais da DECCOR, participam da operação, policiais civis da Diretoria de Inteligência da SSP-PI, de Goiás, São Paulo e um perito do Instituto de Criminalística do Piauí. Cerca de 75 policiais participam da operação.

A investigação foi iniciada a partir da denúncia de um hospital do Piauí, que percebeu ter adquirido medicamento falsificado para tratamento de câncer, após um paciente utilizar a droga e verificar que a mesma apresentava características e coloração diferentes da usual. Segundo as informações, o grupo expandiu a venda para outros estados. Em Goiás, há registros de mortes em função do medicamento. 

"Com essas apreensões e prisões, vamos ter uma visão mais ampla de quais locais, cidades e regiões que essa quadrilha estava agindo. Nós temos certeza de que era uma quadrilha que estava com pretensões de exportar esse tipo de medicamento para outros países. Nós do Piauí, junto com São Paulo, já fechamos esses laboratórios em um outro momento, mas eles abriram novos laboratórios para praticar esse crime hediondo. Pessoas que estavam com câncer estavam sendo prejudicadas, achando que estavam sendo tratadas com o medicamento", reitera o secretário.

Ascom

 Ainda conforme Fábio Abreu, o crime é de uma crueldade imensurável. “Se você observar, uma pessoa que está com essa doença, que é tão grave, ela tem a esperança de ter sua situação amenizada com os medicamentos, que  consequentemente são gastos muito elevados, pois são medicamentos caros. Essa quadrilha vai ser presa por esse crime, que é hediondo. Vamos continuar as buscas para incriminá-los mais ainda pelo o que fizeram”, completa. 

A Operação Sanitatem foi assim batizada por o termo em latim corresponder à cura, limpeza, bem estar, purificação.



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