Pai acusa funcionários de creche de agressão a bebê de 11 meses

Menina está cheia de hematomas e marcas de unhas nos braços.

Menina ferida está traumatizada | David Gomes/Arquivo Pessoal
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Um bebê de apenas 11 meses foi agredido, segundo o pai, em uma creche municipal de Iguape, no litoral de São Paulo. A menina apareceu em casa cheia de hematomas nos braços, além de marcas de unhas em um dos ombros. O caso, ocorrido na terça-feira (19), foi registrado no Distrito Policial da cidade. A Prefeitura garante que abrirá um processo administrativo para apurar o caso.

Segundo o comerciante David Gomes França, pai da criança, na manhã de terça-feira ele deu banho na menina junto com a mãe e ela não tinha nenhuma marca. Depois, ele conta que a levou para a Creche Municipal Joana Pedrá, no bairro Canto do Morro, onde está desde a menina fica desde o começo de fevereiro.

Quando foi buscá-la à tarde, estranhou a pergunta feita pela professora que a entregou. "Ela me perguntou se estava tudo bem com o bebê, se não tinha acontecido nada. Na hora não entendi. Quando cheguei em casa e fui dar banho na menina tomei um susto. O bracinho direito dela estava cheio de hematomas e no esquerdo tinha marcas de unhadas, perto do ombro", descreve.

Logo em seguida, os pais a levaram ao Pronto-Socorro Municipal de Iguape. De acordo com David, o médico que a examinou e disse que os ferimentos foram feitos por uma pessoa adulta. "Quando nós fomos na creche, na quarta-feira, a diretora disse que uma outra criança pode ter machucado minha filha, mas o médico já tinha dito que as lesões foram causadas por um adulto. Esse laudo eu já anexei ao boletim de ocorrência que fiz na delegacia", explica.

David diz ainda que a menina está traumatizada e não toma banho desde o dia da agressão. "Quando tentamos dar banho na menina ela se agarra na gente, chora e não deixa colocar na água. Por isso acho que ela foi ferida durante o banho na creche. Também está chorando muito durante a noite, tendo pesadelos", lamenta o pai.

Além de ter registrado o caso na Polícia Civil, o comerciante pretende entrar com um processo na Justiça. "Estão tentando abafar o caso, proteger o criminoso que fez isso. Mas não vamos deixar, o culpado tem que aparecer e ser punido", desabafa David.

Outro lado

A Prefeitura de Iguape, por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa, informa que, de acordo com o Departamento de Educação do município, não houve omissão, já que o pai da criança não procurou a direção da escola, nem a diretoria municipal, em um primeiro momento. A Prefeitura lembra que a diretoria fica ao lado da sala da criança em questão e que o pai foi direto à delegacia registrar um boletim de ocorrência, onde alega que tem um laudo médico que comprova a agressão humana.

Ainda segundo a nota, o médico citado na ocorrência nega o argumento do pai. A denúncia está sendo apurada e acompanhada pelo Departamento Jurídico da Prefeitura desde o momento em que tiveram conhecimento dos fatos. A direção da creche já se reuniu com os pais da criança e na manhã desta quinta-feira (21) fará uma reunião com todos os pais da mesma sala. A administração municipal ressalta que abrirá um processo administrativo para contribuir com a conclusão do caso.



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