Pai de Ayrton Senna acusado de explorar trabalho escravo na BA

Pai de Ayrton Senna acusado de explorar trabalho escravo na BA

Pai de Ayrton Senna acusado de explorar trabalho escravo na BA | Congresso em Foco
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Servid?o por d?vidas e restri??o ? liberdade dos trabalhadores. Aliciamento irregular para trabalho tempor?rio. Alojamentos e refeit?rios sem as m?nimas condi?es de higiene. Aus?ncia de equipamentos de prote??o individual e pulveriza??o a?rea de agrot?xico sobre os trabalhadores.

Essas irregularidades foram encontradas nas 621 a?es de combate ao trabalho escravo do governo federal que libertaram mais 27 mil trabalhadores em todo o pa?s desde 2005. Mas um desses casos, desconhecido at? ent?o, desperta a aten??o por envolver uma fam?lia que tem o seu nome associado exatamente ? responsabilidade social.

Trata-se da fazenda Campo Aberto, que pertence ao empres?rio Milton da Silva, pai do tricampe?o de F?rmula 1 Ayrton Senna, e a outros dois s?cios de um mega-empreendimento rural de mais de 6 mil hectares localizado em Barreiras, no oeste baiano.

?N?s, que defendemos pr?ticas socialmente eficazes na Funda??o Ayrton Senna, n?o podemos deixar de dar o exemplo em nossas empresas?, disse Leonardo Senna, irm?o de Viviane Senna, presidente da ONG criada em 1994, em entrevista ? revista Dinheiro Rural em janeiro de 2006.

A reportagem sobre a fazenda ? usada na a??o civil p?blica do Minist?rio P?blico do Trabalho (MPT), que acusa o pai de um dos maiores ?dolos do esporte nacional de manter 82 trabalhadores em condi??o an?loga ? de escravo (saiba mais sobre as irregularidades apontadas).

"Essa vis?o do melhor dos mundos, que alia tecnologia, produtividade e responsabilidade social, t?o bem retratada pela m?dia especializada, n?o ? bem aquela encontrada pelo grupo especial de fiscaliza??o m?vel para erradica??o do trabalho escravo, do Minist?rio do Trabalho e Emprego", escreve o procurador Paulo Germano Costa, na den?ncia, de 18 de junho de 2007.

Em seu site, o Instituto Ayrton Senna afirma ter beneficiado mais de 1,3 milh?o de crian?as e adolescentes em projeto sociais em 2007. A assessoria de imprensa da ONG disse ao site que Viviane Senna estava de f?rias no exterior e que n?o iria se pronunciar sobre o caso. Segundo a assessoria, Viviane ? porta-voz do Instituto, e n?o da fam?lia.

Infra?es

Considerada a "j?ia" dos neg?cios rurais da fam?lia Senna, a propriedade recebeu, durante dez dias de inspe??o, em mar?o de 2007, 29 autos de infra??o do grupo m?vel especial de combate ao trabalho escravo do Minist?rio do Trabalho e Emprego (MTE).

Duas a?es (leia a ?ntegra de uma delas) na Justi?a do Trabalho de Barreiras, em fase final de julgamento, cobram dos donos do empreendimento rural R$ 600 mil por dano moral coletivo e mais R$ 110 mil em indeniza?es trabalhistas por cada um dos trabalhadores libertados durante a fiscaliza??o do MTE.

O dinheiro referente aos sal?rios e ?s verbas rescis?rias dos 82 empregados libertados ainda n?o foi pago, pois os s?cios se recusaram, durante a inspe??o, a reconhecer a acusa??o de trabalho escravo.

?Talvez seja pela quest?o da ?lista negra?, mas o respons?vel pela empresa se retirou da negocia??o no ato do resgate dos trabalhadores?, explica o procurador do Trabalho em Barreiras, Luciano Leivas, que acompanha o processo.

?Conversa fiada?

A ?lista negra? ? qual o procurador se refere ? mais conhecida como a ?lista suja? do Minist?rio do Trabalho, divulgada a cada seis meses. O nome do infrator s? entra no cadastro ap?s a conclus?o do processo administrativo gerado pela fiscaliza??o que libertou os trabalhadores.

As san?es podem atingir o bolso dos empregadores. Mais de 100 empresas e associa?es que assinaram o Pacto Nacional pela Erradica??o do Trabalho Escravo se negam a comprar, direta ou indiretamente, mercadorias produzidas por fazendas inclu?das na ?lista suja?. Entre elas, est?o gigantes dos setores varejista e atacadista do pa?s.

Conforme mostrou o Congresso em Foco em outubro do ano passado, empresas autuadas por manter trabalhadores em condi?es an?logas ? de escravo doaram R$ 897 mil para a campanha eleitoral de 25 candidatos em 200



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