Parada da Diversidade: evento celebra a luta da população LGBTQIAP+

Em Teresina, milhares vão às ruas todos os anos para comemorar o chamado “orgulho de ser”

Parada da Diversidade vai reunir milhares na Avenida Raul Lopes | Lucrécio Arrais
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A Parada da Diversidade acontece em Teresina nesta terça-feira (6), véspera de feriado do Dia da Independência, no formato de uma grande festa, onde a luta da população LGBTQIAP+ por espaço e sobrevivência é a principal bandeira. O evento reúne atrações locais, além da cantora Daniela Mercury, com um trio elétrico na Avenida Raul Lopes. 

Para Marinalva Santana, da coordenação do Grupo Matizes, que operacionaliza a Parada, o evento é uma grande manifestação festiva, que reúne gays, lésbicas, transexuais e demais identidades. 

"A nossa expectativa é a melhor possível. É a primeira vez que acontece em um dia de semana, embora seja véspera de feriado. Vai começar mais tarde para oportunizar que as pessoas que trabalham no comércio possam participar com alegria, irreverência e reivindicando direitos", revela. 

Marinalva conta que este é um momento histórico para a população LGBTQIAP+ do Piauí

"O Tribunal de Justiça do Piauí assinou uma carta de compromisso de combate a LGBTfobia no Piauí. Também participaram Ministério Público, Defensoria e Executivo, com representação do Governo do Piauí e da Prefeitura Municipal de Teresina", acrescenta. 

A DJ e performer Samdra Dee é uma das atrações da edição de 2022 da Parada da Diversidade de Teresina. Ela conta que é uma honra tocar no evento mais uma vez. 

"A principal importância é a visibilidade para nós LGBTQIAP+. Estamos o ano inteiro sendo oprimidas, assassinadas, discriminadas. É importante, sim, a Parada. Muita gente acha que é só diversão e lacre, mas Parada é resistência. Vivemos tempos de obscuridade com o conservadorismo, então temos que resistir. É preciso colocar as pernas e corpos na avenida", considera.

Samdra Dee se prepara para concerto em cima de trio elétrico. Crédito: Lucrécio Arrais.

O professor de história Fábio Andrade chegou cedo ao evento e contou que apoia a iniciativa. 

"É um encontro, um momento de dar visibilidade a quem luta e que sofre preconceito todos os dias. Ao contrário do que pensam, não é apenas uma celebração por existir, mas sim uma celebração para a luta. É preciso ter nossos direitos contemplados em todos os espaços”, revela.

Fábio de Andrade é professor de história da rede municipal. Crédito: Lucrécio Arrais.

O Grupo Matizes espera um público superior a 100 mil pessoas, o recorde da Parada da Diversidade em Teresina no ano de 2015. O evento adotou todas as providências com a Polícia Militar, Guarda Municipal, seguranças privados, Strans e Polícia Civil. O local terá delegacia ambulante para o registro de possíveis ocorrências. A concentração é no Parque Potycabana.



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