Pesquisa alerta extinção no Piauí

Devido à sua situação geográfica, o cerrado funciona como elo com outros

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Devido à sua situação geográfica, o cerrado funciona como elo com outros biomas como a Amazônia,

a Mata Atlântica, o Pantanal e a caatinga. Isso faz com que ele compartilhe espécies com os demais biomas, tornando-se um local de alta diversidade, a ponto de ser considerado a savana

mais rica em biodiversidade do planeta. No entanto, toda essa riqueza está ameaçada. Um estudo feito

por estudantes e professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) mostra que

se o processo de desmatamento da região continuar no ritmo acelerado toda a

fauna dos cerrados desaparecerá até 2030.

Apesar de os cerrados piauienses ainda serem umas das regiões mais preservadas, os biólogos da UFPI acreditam que a previsão pode se concretizar, caso o avanço da pecuária e da agricultura permanecerem no ritmo atual. O levantamento aponta que são desmatados 2,6 mil km2 por ano nos cerrados piauienses. ?E esse índice é muito alto. Por isso, essa possibilidade de desaparecimento é muito real?, afirma Marcos Pérsio Dantas, biólogo e coordenador do grupo de pesquisa. Espécies ameaçadas como a onça-pintada, o tatucanastra, o lobo-guará, a águia- cinzenta e o cachorro-domato- vinagre, entre outras, ainda têm populações no Cerrado, mas que são os maiores alvos da caça predatória e do tráfico de animais. Todavia, espécies exclusivas do Cerrado, como o tamanduá- bandeira, estão na lista dos animais brasileiros ameaçados de extinção. Ao todo, 65 espécies do cerrado encontram-se em situação semelhante. No Piauí, seis espécies aparecem na lista do estudo da UFPI.

Marcos Pérsio afirma que fauna de vertebrados do Cerrado apresenta alta diversidade e um grande número de espécies endêmicas, ou seja, espécies que são encontradas apenas nessas áreas. A grande diversidade de ambientes do cerrado, que apresenta campos limpos, campos úmidos, cerrado típico

e mata de galeria permite que espécies de características ecológicas bastante distintas existam em uma mesma localidade. ?Desta forma, quanto maior a quantidade de ambientes diferentes em

uma localidade, maior tenderá a ser sua diversidade?, ressaltou o biólogo.

Com o avanço da agricultura e das cidades, de acordo com o estudo, a perda de espaço

ambiental vem crescendo significativamente. Por conta disso, as poucas espécies de mamíferos conhecidos ficam isoladas.

?Não há reprodução. Um número considerável estão em extinção. Assim, é difícil salvar as espécies conhecidas?, disse Marcos Pérsio.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES