Pesquisa detecta presença do vetor da Leishmaniose na zona Norte da capital

Uma armadilha foi construída e instalada na zona norte de Teresina para capturar o agente causador da doença e também para verificar fatores que podem ocasionar a disseminação do inseto.

Pesquisa na zona Norte de Teresina sobre vetor da Leishmaniose | Divulgação
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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) detectou a presença do vetor da Leishmaniose, doença que acomete cães, mas também pode atingir humanos. A professora Simone Mousinho, docente do curso de Biologia da Uespi, coordena um projeto para obter dados sobre o vetor que causa Leishmaniose. 

Uma armadilha foi construída e instalada na zona norte de Teresina para capturar o agente causador da doença e também para verificar fatores que podem ocasionar a disseminação do inseto.

“Com essa armadilha, conseguimos pegar o vetor; além disso, colocamos um aparelho chamado Termo Higrômetro, que consegue captar a temperatura e umidade do local. Dessa forma, conseguimos acompanhar a quantidade de insetos (flebotos) capturados, bem como a temperatura e umidade. Assim, verificamos se a frequência é maior em noites mais quentes ou noites mais frias, e se é quando o clima está mais úmido ou não”, explicou o aluno Cleanto Luiz Maia, participante do projeto.

Armadilha instalada para detectar presença de vetor da doença | FOTO: Divulgação/Uespi

Os estudos do grupo iniciaram em 2019, contudo, por causa da Pandemia foram interrompidos. Em janeiro deste ano, os pesquisadores retomaram o projeto e desde então observam a incidência do vetor no bairro Santa Maria da Codipi. Quanto aos resultados prévios, já constataram que na localidade existem muitos flebotomíneos da espécie Lutzomyia longipalpis, principal vetor da Leishmaniose Visceral.

Auxílio para ações preventivas

A professora Simone Mousinho destaca que esse trabalho não se restringe somente ao ambiente acadêmico, pois seus resultados servirão como base para que as autoridades tenham conhecimento da situação desses bairros, e assim possam desenvolver ações preventivas.

“A presença dos Flebotomíneos (insetos) nas casas já é um alerta amarelo para os agentes de saúde do Centro de Zoonoses, tendo em vista que se tiver o parasita, as chances de ocorrer a disseminação da doença aumenta bastante. Levando isso em conta, nosso trabalho é um indicativo sobre a presença do vetor na região, servindo como um auxílio para as autoridades competentes atuarem na prevenção de uma explosão de casos de Leishmaniose”, relatou a docente.

O projeto conta também com a participação de Raimundo Leoberto, egresso da UESPI e doutorando em Biologia Parasitária na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O biólogo desenvolve uma pesquisa na mesma linha, porém, abrange todo o Piauí. Segundo ele, o projeto do aluno Cleanto e da professora Simone tanto auxilia em seus estudos, como o faz colaborar para o desenvolvimento desse trabalho. “Em colaboração com o trabalho da professora Simone, realizamos as coletas e fazemos os estudos no laboratório de zoologia”, ressaltou Leoberto.

Coleiras

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) anunciou nesta quinta-feira (23), que recebeu do Ministério da Saúde, 7.728 coleiras impregnadas por pesticidas, que ajudam a combater a picada do mosquito transmissor da leishmaniose. O material é inicialmente direcionado para a cidade de Teresina.



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