Pesquisa faz mapeamento do curso da Bacia Hidrográfica do Rio Poty

Uso e Ocupação da Terra no Alto Curso da Bacia Hidrográfica.

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Karoline Veloso Ribeiro foi a vencedora do primeiro lugar do XXV Seminário de Iniciação Científica de 2016, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), na área de Ciência Humanas e Sociais, Letras e Artes.

Seu projeto intitulado "Mapeamento das Formas de Uso e Ocupação da Terra no Alto Curso da Bacia Hidrográfica do Rio Poty (Ceará)", teve como objetivo mapear o uso e a cobertura da terra de modo da bacia hidrográfica do Rio Poti, já que o mencionado rio é um dos grandes afluentes do Rio Parnaíba, eixo principal da drenagem piauiense.

Segundo seu artigo, quando o processo de uso e ocupação da terra é realizado de forma inadequada, ocasiona uma ação significativa de reestruturação da paisagem. Pensando nisso, o Karoline Ribeiro e seu orientador, o Prof. Dr. Emanuel Lindemberg Silva Albuquerque, realizaram o trabalho de pesquisa para analisar e compreender a organização espacial do território.

O estudo foi realizado em 12 municípios do estado do Ceará, nas cidades de: Ararendá, Crateús, Independência, Ipueiras, Nova Russas, Novo Oriente, Porangá, Quiterianópolis e Tamboril, que fazem parte da nascente do Rio Poti. As outras duas regiões ficam no alto curso da bacia hidrográfica do Rio Poti, localizada na Macrorregião Administrativa dos Sertões dos Inhamuns (CE) e na sua nascente, localizada na Serra dos Cariris (CE).

Para realizar a pesquisa, Karoline e o Professor Emanuel primeiramente fizeram um levantamento bibliográfico, fator importante quando se trata de uma pesquisa científica. A segunda etapa, também importante, foi a pesquisa de campo, dividida em três partes:

Parte 1 – reconhecimento prévio:

Na primeira parte do estudo de campo houve uma perícia do local antes do início do projeto, com o intuito de reconhecimento da área de estudo para obter melhor desenvolvimento da pesquisa.

Parte 2 - abordagem sistêmica:

Os dois trabalharam a abordagem sistêmica, que no projeto significou ter uma visão dos condicionantes ambientais de uma forma integrada. E isso teve por objetivo trabalhar com o sistema de forma completa, assim os pesquisadores partiram do princípio de não observar a natureza de uma forma isolada, para então terem uma visão capaz de compreender o todo.

Parte 3 - reconhecimento posterior:

Além do reconhecimento prévio, os pesquisadores realizaram uma perícia de campo posteriormente ao projeto para validar as informações, pois uma das partes do mapeamento do projeto é analisar as informações para verificar os tipos de uso destinados à área estudada.

O resultado desses estudos realizados no local foi a percepção de como os condicionantes estavam interligados e o que um influenciava na dinâmica do ambiente. A conclusão foi feita por meio de um produto cartográfico temático, que foi o mapa de uso e cobertura que auxiliou os pesquisadores a identificar cada uma das formas de uso no recorte espacial. Isso ajudou na identificação e classificação de quatro classes (tipologias):  I) Área de Vegetação Natural; II) Área Antrópica Agrícola; III) Área Antrópica Não-Agrícola e IV) Águas. Revelando, assim, como se encontra o estado do uso e ocupação da área estudada.

Para concluir a pesquisa, a Karoline Ribeiro enfrentou vários desafios. Primeiramente, a jovem pesquisadora teve que abandonar uma bolsa remunerada para dedicar-se ao projeto que era de Iniciação Científica Voluntária (ICV). Isso acarretou em dificuldades no desenvolvimento do projeto, pois a pesquisadora precisou de recursos para se deslocar até a área de estudo. Porém, seu orientador arcou com todas as despesas necessárias para a conclusão do projeto.

A aluna, porém, não levou esse desafio para o lado negativo. Segundo a pesquisadora, ser bolsista ICV a incentivou a concluir seu projeto. "O ICV me despertou para o lado da pesquisa. Quando eu tomei a iniciativa de assumir o projeto, isso de fato me incentivou, pois tive uma visão mais ampla do que realmente é o âmbito da pesquisa, e isso me levou a alcançar a conclusão do meu projeto, que resultou no meu Mestrado", concluiu.

A pesquisadora destaca, também, que todo projeto em si quando é desenvolvido traz um benefício para o aluno, principalmente, quando ele quer crescer como profissional tendo bolsa ou não. “Uma das questões que eu sempre coloco ao discutir esse tema é a questão de diálogo de recursos. Também aconselho para nunca desistir diante dos obstáculos que venham a surgir, acredito que para tudo tem um tempo. Então, quando você se determina e faz aquilo porque gosta não tem empecilho para você desenvolver da melhor forma possível o seu trabalho”, declarou Karoline, que mesmo com obstáculos durante sua pesquisa, continuou até chegar à conclusão do projeto.



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