Pesquisa lista hábitos mais irritantes ao celular

Segundo a pesquisa, 95% dos brasileiros gostariam que as pessoas tivessem mais educação ao usar o celular

Pesquisa revela dados impressionantes | Divulgação
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Pense em alguém cujo o toque do celular é alto e que, ao atender, fala sempre aos berros. Alguém que vive enviando mensagens na companhia de outras pessoas, enquanto dirige e que usa as redes sociais para postar ofensas e reclamar o tempo todo.

Essa pessoa reúne o que há de mais irritante entre os hábitos do brasileiro na hora de falar ao celular ou usar a internet, segundo a pesquisa ?Etiqueta Móvel?, feita pela empresa de tecnologia Intel, que descobriu que 95% dos brasileiros gostariam que as pessoas tivessem mais educação ao usar o celular e 86% acham que os outros divulgam informação demais online.

No topo da lista de manias irritantes ao celular, estão deixar o volume do aparelho muito alto, falar aos berros e enviar mensagem enquanto dirige ou na companhia de outras pessoas.

Monitorar e-mails e mensagens pelo celular na hora do almoço era justamente o ?vício? de Gustavo Pereira, de 30 anos, consultor de redes sociais.

?De tanto fazer isso, o pessoal da agência em que eu trabalhava criou o termo ?gustavar?. Se alguém pegava o celular à mesa, eles já falavam: Olha, você está gustavando?, conta, acrescentando que não apenas seus colegas, mas outras pessoas se irritavam com sua mania. ?Afetava muito a minha vida.?

Morando em Estocolmo há dois meses, onde estuda estratégias de dados digitais, Gustavo diz que está se ?curando?. Ele conta que, apesar dos preços inferiores nos aparelhos e nos planos de celular, os suecos não ficam tão grudados a seus smartphones.

?Publico pouco em redes sociais. E estou usando só mensagem e WhatsAppp (plataforma de mensagens instantâneas para smartphones)?, diz. ?Também desabilitei a maioria das notificações (de pessoas que curtem seus posts no Facebook, por exemplo), assim fica mais fácil de me controlar.?

Assuntos pessoais

Além das mensagens desenfreadas, a questão da privacidade também apareceu nas reclamações sobre celular na pesquisa: falar sobre assuntos pessoais e assistir a conteúdos impróprios em público estão no topo da lista.

?Me chamou a atenção o alto número de brasileiros reclamando do jeito que se fala no celular aqui?, afirma a professora da PUC-SP Pollyana Ferrari, consultora em internet e mídias sociais.

?Mas esse maior acesso aos celulares também traz um período de adaptação e acho que estamos vivendo ele agora?, diz Pollyana. ?Um novo usuário fica apaixonado pela plataforma e usa a toda hora. Depois, ele vai percebendo como funciona e passa, por exemplo, a postar menos informações e fotos. E até param de cometer gafes do tipo colocar o celular no viva-voz sem querer.?

Detalhes mundanos

Segundo a pesquisa, na hora de entrar no Facebook, no Twitter e em outras mídias sociais, o tipo de usuário que mais incomoda é o que publica ofensas, fotos obscenas e que só fica reclamando.

Outro perfil considerado irritante é o de quem adora se gabar ou que escreve sem se preocupar com o português correto. Pessoas que passam o dia postando informações pessoais ou detalhes banais de seu cotidiano também provocam mau humor internet afora.

A pesquisa mostrou que cerca de metade dos brasileiros com acesso à internet compartilha informações online diariamente, principalmente fotos ? conteúdo compartilhado por 78% dos adolescentes (13 e 17 anos).

?O fato de gostar de dividir sua vida privada não me surpreendeu. O brasileiro é apaixonado por redes sociais, adora essa coisa de exposição?, diz Pollyana. Para ela, desde a época em que chats eram populares, o brasileiro já se abria mais online, se sentia protegido pela tela.

Essa proteção invisível aparece ainda em outros dados da pesquisa, como o fato de 44% dos adultos admitirem que se sentem mais confortáveis compartilhando detalhes de sua vida pessoal online do que pessoalmente.

Ela também parece incentivar os mentirosos: 33% dos adultos ouvidos admitira ter uma personalidade online diferente da personalidade da vida real, enquanto 23% admitiram ter compartilhado informações pessoais falsas.



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