Pesquisa: sentimentos e hábitos dos brasileiros diante da pandemia

Nossos hábitos mudaram e estamos vivendo um turbilhão de sentimentos diante da pandemia do Covid-19 e das orientações de distanciamento social

| Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Estudo realizado pela plataforma criativa MECA e pela empresa de pesquisa Talk Inc com mais de 1.500 pessoas identifica os principais desafios, mudanças de comportamento e tendências para o futuro pós-coronavírus - Confira pesquisa completa em http://bit.ly/PESQUISAMECATALKINC

Nossos hábitos mudaram e estamos vivendo um turbilhão de sentimentos diante da pandemia do Covid-19 e das orientações de distanciamento social. Em um levantamento da plataforma criativa MECA e da empresa de pesquisa Talk Inc, primeira colaboração entre as duas companhias, cerca de 1.500 pessoas compartilharam desafios, reflexões e rotinas em tempos de coronavírus.

Em um primeiro recorte da pesquisa, realizado com 1.064 pessoas de todo o País e de todas as classes sociais, 48% tiveram suas rendas afetadas (porcentagem que aumenta para 72% entre as famílias de baixa renda). Mais da metade das pessoas declara estar consumindo mais notícias que anteriormente e a TV aberta é o principal meio de informação dos entrevistados; 71% mudaram seus hábitos de consumo e 81% veem um lado positivo no isolamento social, principalmente por estarem passando mais tempo com a família (59%).

A pesquisa também questionou os participantes sobre as responsabilidades e as ações efetivas de diferentes atores sociais diante da pandemia, verificando contrastes significativos. Governo Federal e os próprios cidadãos foram avaliados como atores com grandes responsabilidades diante da pandemia e com ações abaixo do esperado. A grande mídia e governos estaduais e municipais são atores com menores diferença entre a expectativa (responsabilidade) e a entrega (ações), de acordo com a avaliação dos participantes.

"Foram propostas duas metodologias nessa investigação: uma quantitativa, focada em mapear as percepções da população brasileira, e outra qualitativa e quantitativa, que ouviu o público MECA", explica a pesquisadora Carla Mayumi Albertuni, sócia-fundadora da Talk Inc. "Assim conseguimos entender o que pensa o brasileiro de uma forma mais ampla e representativa, e quais os sentimentos de um público mais nichado, jovem e influenciador de novos comportamentos."

A parte da pesquisa realizada com o público da plataforma multicultural MECA, sendo mais da metade entre 26 e 35 anos, aponta que os sentimentos que se sobressaem são na maioria ligados a algum tipo de ansiedade: 29% responderam que o principal desafio no momento é manter a saúde emocional em equilíbrio. Ansiedade, medo, angústia e esperança foram os sentimentos mais relatados. Com relação a isso, 17% diminuíram o consumo de notícias, como forma de controlar os sentimentos negativos, enquanto 57% aumentaram o consumo de notícias no período.

Ainda assim, 80% dos pesquisados acreditam que a quarentena tem um lado positivo e 41% têm expectativas otimistas para o mundo pós-pandemia. Passar mais tempo em casa faz ressignificar as atividades simples e cotidianas, como cozinhar ou conversar com os amigos.

Dentre as preocupações que rondam o pensamento dos entrevistados também está a saúde financeira. Entre os profissionais informais/liberais, 85% já sofreram impactos negativos em suas rendas. E isso levou a mudanças na vida cotidiana: cerca de 90% dos participantes mudaram hábitos de consumo e estão consumindo menos (principalmente moda, álcool e lazer), seja por redução de gastos, apoio a comerciantes locais ou pelas restrições do isolamento.

"Entender as percepções das pessoas sobre um momento tão único é fundamental para que os diferentes atores da sociedade tenham uma informação embasada para tomarem decisões. Assim conseguimos apontar caminhos de comunicação e projetos para as pessoas que estejam mais conectadas com seus reais sentimentos", comenta Carla. Ela destaca que muitas empresas querem desenhar soluções ‘centradas no consumidor’ e que isso só é possível quando as pessoas são ouvidas a partir das perguntas certas, um dos objetivos principais do estudo.

Apesar dos impactos em diversas áreas, as reconexões, descobertas e criatividade são reflexos positivos da experiência que vivemos. Muitos reforçam o papel das marcas no apoio à sociedade e no combate aos efeitos negativos da pandemia, e cerca de 30% estão apoiando projetos ou usando suas próprias habilidades para ajudar quem precisa.

Quando tudo e todos vivem mudanças tão profundas, a mudança de paradigma é inevitável. A pausa para refletir nos levará a algo novo. Desvendar qual será esse "novo normal" é fundamental para que marcas e empresas encontrem novas possibilidades de dialogar com público, projetos e parceiros.

Entre as tendências identificadas pela pesquisa e que podem permanecer estão os novos hábitos de consumo (apoio a pequenos produtores e microempreendedores, consumo consciente, redução dos itens supérfluos) e a valorização de marcas e empresas que assumiram um papel ativo e mais humano diante da pandemia (apoio ao trabalho remoto, suporte a projetos sociais, redução de preços e doação de equipamentos de higiene e saúde). Novas formas de nos relacionarmos com nós mesmos, com os outros e com o trabalho também parecem possíveis reflexos deste tempo ímpar que vivemos hoje.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES