Planejamento evita frustrações durante viagem nas férias de julho

Especialistas afirmam que essa medida é fundamental

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Férias é sinônimo de folga, lazer, descanso e prazer. Todos esses adjetivos são a combinação perfeita para uma boa viagem de férias em família, mas é preciso planejamento antecipado para poder aproveitar cada momento com mais tranquilidade.

Especialistas afirmam que essa medida é fundamental para evitar frustrações e surpresas desagradáveis; é preciso ter cautela e saber administrar bem o orçamento familiar.

Muitas famílias acabam escolhendo o meio do ano para realizarem viagens devido às férias escolares. Contudo, agir de forma antecipada é essencial para não transformar o momento de diversão em um grande problema.

Todo passeio tem seu custo e, por isso, a necessidade de se levantar os gastos de forma antecipada e calcular o valor total do trajeto. O economista e administrador Fritz Moura aconselha que é preciso pesquisar os melhores preços e condições.

“É interessante pensar que nessa época de alta temporada existe uma demanda muito grande nas cidades turísticas.Apesar de estarmos passando por uma crise financeira, é recomendável, a quem deseja viajar, procurar por pacotes que possam baratear o custo. A regra é que, no período de férias, sempre vai sair mais caro do que em outro momento”, afirmou.

O professor de Economia recomenda que as famílias não saiam de férias por mais de uma semana, devido aos recursos de custeio das despesas que se tornam muito altas. Moura diz ainda que é preciso poupar para gastar com dinheiro - e não o cartão de crédito, pois assim evitará uma dívida maior no futuro.

“Com o uso desses recursos de financiamentos, a pessoa tende a gastar mais do que estava previsto e se for parcelado é pior ainda por conta dos juros.Então, evite o uso desses recursos para esse tipo de evento. É mais importante você poupar e ter uma reserva para usar nesse momento”, considerou.

Alguns educadores financeiros orientam a quem não viu nada sobre viagem até o momento, que o melhor é começar a se planejar para realizar um passeio muito melhor no final do ano.

Mesmo que a ansiedade de curtir o momento seja grande, tomar atitudes mais conscientes tem mais vantagens, tanto em curto, quanto em longo prazo. Outra dica é analisar bem qual destino cabe melhor no orçamento financeiro e, se for necessário, mudar o local da viagem, para aproveitarem melhor.

De todo modo, a organização da viagem é essencial. Na elaboração do plano devem conter informações sobre destino, transportes, hospedagem, alimentações e outros pontos inerentes ao ato de viajar.

Família se planeja com 6 meses de antecedência

A família da pedagoga Lucelma Melo sempre viaja no meio do ano. Casada com o auditor fiscal Aldemar Melo e mãe de três filhos (Iago, 14 anos; Isabelle, 11; e Iuri, 01), Lucelma diz que planejando é possível até mesmo viajar para o exterior.

Como tem feito por vários anos. "A gente sempre viaja em julho para fora do país. Nas nossas últimas férias fomos conhecer a Cordilheira dos Andes, Santiago, no Chile, e Argentina. Este ano, como estou com um bebê, nós vamos passar as férias na nossa casa de praia em Luís Correia e depois visitar algumas capitais, como Fortaleza, São Paulo e Brasília", afirmou.

Ela declarou que todo o planejamento de viagem é feito com pelo menos 6 meses de antecedência e toda programação é pensada para atender as necessidades de toda família em atividades que todos possam interagir e curtir o momento.

Lucelma Melo revela alguns recursos que ela e seu esposo utilizam para não ter tantos gastos durante a viagem. "Nós viajamos, na maioria das vezes, pelas milhas que acumulamos no cartão de crédito ao longo do ano. Geralmente, ficamos em hotéis ou na casa de parentes. Passamos o dia fora conhecendo novos lugares, mas tudo bem arquitetado antes para não comprometer o nosso orçamento, para que a gente não passe o restante do ano pagando os gastos das férias", concluiu.

De acordo com o economista Fritz Moura, planejar as férias com no mínimo seis meses de antecedência é a medida mais acertada. Ele aconselha que as férias de dezembro sejam pensadas em julho e vice-versa. Ele dá enfoque para as pesquisas de preços e dá uma dica super eficaz para quem deseja evitar dor de cabeça nas férias.

"É importante realizar a pesquisa dos orçamentos de custos da viagem em dois momentos, sendo uma previamente com bastante antecedência para ter uma noção de valores, em que você pode calcular aqueles valores no período de alta estação, então é possível se programar e preparar sua poupança, incluindo a sua renúncia de gastos para fazer frente a essa diversão. E depois é preciso fazer outra pesquisa quando estiver próximo a viagem para efetivar a compra", pontuou.

Casal não costuma planejar viagens

O casal de publicitários Mayrana de Almeida Galas e Yann Rocha já namora há três anos e não costuma planejar as viagens de férias. Pegar a estrada em cima da hora e partir para alguns dias na praia é prática comum dos dois.

A publicitária conta que esse tipo de viagem é muito emocionante e, por vezes, chega até ser melhor do que se fosse planejada devido à aventura de curtir o momento.

"Nós já fomos para Parnaíba sem planejar nada. Nós nos hospedamos na casa do meu pai. Colocamos combustível no cartão de crédito para a fatura do mês seguinte e levamos lanche e comida com o que tínhamos em casa mesmo. Valeu muito a pena ter curtido as férias desse jeito, mesmo sem ter programado nada. Às vezes é até melhor viajar desse jeito, é uma verdadeira aventura. Eu adorei e faria várias vezes", avaliou.

A jovem afirmou que o casal deve repetir a eventualidade novamente nas férias de julho. Eles estão decidindo se vão para o litoral, mas até agora não foi planejado nada e que a viagem poderá acontecer a qualquer momento.

Para o economista Fritz Moura, se mesmo sem planejamento a pessoa deseja realizar a viagem, que seja para lugares próximos e conhecidos, como sítios e casas de parentes.

"É melhor do que causar uma situação que gere mais dívida e comprometa as festividades do final do ano e gastos naturais de início de ano, como pagamento de impostos, compra de livros, entre outros. Esse tipo de atitude é o que nós economistas chamamos de ato impensado de consumismo, que é tomar decisões sem planejar, o que gera consequências desastrosas para as finanças familiares", disse.



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