PAC perderá 7,4 bilhões com bloqueio do Orçamento

Ministro do Planejamenanunciou o remanejamento de R$ 2,2 bilhões

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) será a principal vítima do bloqueio adicional de recursos no Orçamento anunciado na semana passada. Dados informados nesta quinta (27) pelo Ministério do Planejamento mostram que o programa perderá R$ 7,4 bilhões em recursos, ou 27% do previsto até então.

Além de R$ 5,2 bilhões bloqueados no programa, ou 88% do contingenciamento de R$ 5,9 bilhões anunciado na semana passada, o governo irá redirecionar R$ 2,2 bilhões do PAC para atender a demandas de emergência dos ministérios, como contratação de carros pipa e recursos para a Polícia Rodoviária Federal.

O restante do bloqueio virá do corte de emendas obrigatórias de bancada (R$ 214,3 milhões a menos) e nas emendas obrigatórias individuais (R$ 426,2 milhões a menos).

Os ministérios das Cidades, Integração e dos Transportes, que possuem projetos dentro do PAC, serão os maiores afetados pela contenção de despesas públicas.

Na semana passada, ao aumentar a tributação dos combustíveis, o Ministério do Planejamento informou que seria necessário bloquear R$ 5,9 bilhões adicionais nas despesas previstas para este ano, o que faz com que a parcela congelada do Orçamento some pouco mais de R$ 44 bilhões.

Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, toda as pastas terão que apertar o cinto. Só deverá ser preservado o Ministério da Saúde, cujo fluxo de despesas já está no limite do piso estabelecido em lei.

Com o bloqueio, o governo aposta no cumprimento da meta de deficit orçamentário deste ano, de R$ 139 bilhões, apesar do ceticismo de analistas do mercado financeiro e de setores políticos dentro da própria gestão Michel Temer.

A contenção de despesas vem provocando a suspensão de atividades públicas, como a emissão de passaportes, além de afetar o trabalho em órgãos como a Funai e a fiscalização de agências reguladoras.

O desgaste levou parte do governo a considerar a revisão da meta de deficit do ano, embora a ideia ainda sofra resistência no Palácio do Planalto e entre os técnicos da área econômica.

Em junho, segundo dados do Tesouro Nacional, o rombo acumulado em 12 meses chegou a R$ 182,8 bilhões.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES