População quer aumento das linhas de ônibus da capital do Estado do Piauí

A deficiência no serviço de transporte público também é um problema nas áreas mais distantes de Teresina.

População reivindica aumento das linhas de ônibus | Reprodução Jornal MN
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Esperar de 30 minutos a uma hora em uma parada de ônibus. Muitos teresinenses já passaram por situações como essa e garantem: é um sacrifício. Esta tem sido uma reclamação de muitos usuários em Teresina, principalmente nos bairros mais distantes do centro da cidade.

É assim também na zona Leste da capital. A estudante Tamiris Oliveira mora próximo à faculdade onde estuda e conta que já chegou a esperar mais de uma hora por um ônibus para ir para casa. Na região onde ela estuda, apenas três linhas fazem o percurso que abrange mais de 15 bairros. Apesar de morar próximo ao local de estudo, o perigo é o que a leva a esperar pelo transporte. ?Eu faço cursinho à noite e as ruas ficam desertas. E os ônibus não entram nas ruas aqui perto, o que é um perigo?, comenta.

Além disso, a demora para passar um ônibus gera mais uma consequência. ?Quando passam vêm lotados. Todos saem da faculdade, ficam esperando o ônibus e muitos nem chegam a entrar. Por várias vezes os ônibus passam direto porque já não têm como parar de tão lotados. E o problema é generalizado, em todos os horários, de manhã, meio-dia, à noite?, pontua a estudante.

Para Ana Cristina Maia, o problema se torna maior. É que a jovem estuda na zona Leste, mas mora na zona Norte da cidade. Ela argumenta que o tempo de espera se dá principalmente pelo número de veículos, que ela alega ser insuficiente. ?É difícil porque tem poucos ônibus que dão acesso ao centro e no horário de pico é ainda pior porque sempre passam lotados?, argumenta.

A deficiência no serviço de transporte público também é um problema nas áreas mais distantes da cidade, sobretudo nos novos residenciais, a exemplo do Jardim do Uruguai e Wilson Martins Filho, ambos na região do Vale do Gavião, a 18km do centro. A oferta de ônibus ainda é pequena para a demanda da região, e mesmo com dez veículos circulando no bairro todos os dias não são suficientes para atender as cerca de 2 mil pessoas que utilizam o serviço.

Segundo o presidente de honra da Associação de Moradores do Residencial Wilson Martins, Mariano Júnior, a demanda na região é muito grande e acaba dificultando a celeridade da circulação das linhas. As linhas que atendem os residenciais circulam também por outros dez bairros da zona Leste, aumentando o tempo de espera.

Até janeiro deste ano, o problema da redução da frota era uma grande dificuldade. Com apenas duas empresas oferecendo o serviço na região, a espera por um ônibus no bairro chegava a ultrapassar uma hora. No período normal, a demora chega a ser menor, mas ainda é motivo de reclamação da população.

?O que gostaríamos que acontecesse de fato, é que circulasse pelo menos um ônibus de cada empresa para que não ficássemos muito tempo esperando. Tem problemas, mas pelo menos todos os ônibus estão rodando?, pondera Júnior.

Ampliação do serviço depende da demanda

Com os problemas que os populares alegam enfrentar diariamente, eles mesmos arriscam soluções. E entre as sugestões apontadas está o aumento da frota. Mas segundo a superintendente da STRANS, Alzenir Porto, o que determina o aumento nas linhas da região é a demanda da área. Para isso, estudos são feitos para analisar a necessidade de implantar novas linhas ou aumentar as existentes.

?Há solicitações por parte de associações daquela área. Elas entram com a solicitação junto à diretoria do transporte público para que nós estudemos os casos. Mas para ser ampliado tem que ter demanda. Fazemos um estudo para colocar mais linhas na área, se houver demanda colocamos, se não, comunicamos às associações o motivo?, justifica Alzenir Porto.

Linhas serão ampliadas na Raul Lopes

O Mirante da Ponte Estaiada se consolidou como um importante cartão-postal de Teresina, mas desde a sua inauguração, em 2010, a dificuldade de locomoção gerada pela ausência de circulação de ônibus no local tem impedido um número maior de visitações.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Teresina, somente no primeiro ano de inauguração do Mirante, foi registrado um público superior a 150 mil, número que poderia ser bem maior caso houvesse paradas de ônibus mais próximas ao local.

Atualmente é o dilema da distância que impede o fluxo maior de pessoas. Quem pretende visitar o ponto turístico de ônibus precisa andar cerca de 1km até chegar ao complexo. E é essa ausência de apoio para boa parte da população que deixa de dar oportunidade às classes mais baixas e dificultam também a visibilidade do espaço.

Segundo a superintendente de Transportes e Trânsito de Teresina (STRANS), Alzenir Porto, este problema está perto de ser solucionado. Isto porque a ampliação das linhas de ônibus já tinha sido vista pela superintendência como uma necessidade da região e deve ser realizada o mais rápido possível para facilitar o acesso ao ponto turístico.

?Já existem solicitações e vamos fazer modificações. Esta é uma solicitação do próprio prefeito. Já estamos fazendo um levantamento de cada local e provavelmente as linhas que vão atender o ponto turístico são as mesmas que passam pelo shopping?, confirma Alzenir Porto, que garantiu um prazo de menos de um mês para atender o pedido.



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